O Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM) é lembrado neste 30 de agosto. Mas, você sabe como a Fisioterapia, mais precisamente, a especialidade da Fisioterapia Neurofuncional pode melhorar a rotina de pacientes com EM?
A Fisioterapia Neurofuncional é a área da Fisioterapia que trabalha com atividades voltadas para pessoas com lesões no Sistema Nervoso (SN). A especialidade utiliza conceitos e técnicas que agem na modificação do curso da Esclerose Múltipla e isso pode atenuar complicações que o paciente possa apresentar.
Para a docente no curso de Fisioterapia, Fernanda Colen, que atua na Faculdade Una Sete Lagoas, “ao realizar a Reabilitação Neurológica é importante levar em consideração a fase da doença que o paciente está, o grau de incapacidade e os déficits neurológicos apresentados”.
Assim, acrescenta, com o objetivo de proporcionar a independência funcional, a educação em saúde e autonomia desse paciente serão realizadas abordagens específicas por meio de exercícios fisioterapêuticos, treinos de equilíbrio e coordenação motora, além de técnicas de mobilidade e fortalecimento muscular conforme avaliação realizada no início do seu tratamento. “Vale ressaltar a importância do acompanhamento multiprofissional desse paciente, como por exemplo a abordagem cardiorrespiratória”, completa.
A EM afeta diferentes regiões do SN, o que provoca o aparecimento de diversos sintomas, daí, torna-se necessária a assistência de profissionais diversificados com diferentes especialidades médicas, além de Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Educação Física e Psicologia, entre outros.
Atendimento ao público
A Una Sete Lagoas possui a Clínica Escola onde os alunos que cursam Fisioterapia podem reabilitar os pacientes com EM sob supervisão e acompanhamento dos preceptores especializados na área. Caso o paciente se interesse pelo atendimento ofertado, pode procurar o serviço na própria faculdade.
O fisioterapeuta com formação básica possui o título de Bacharel em Fisioterapia, ou seja, possui a formação como generalista, podendo assim atuar de forma geral. “Caso o profissional deseja se aprofundar e se especializar na área Neurofuncional, o recomendado é que realize uma pós-graduação ou mestrado na área”, sinaliza Fernanda.
“Hoje em dia com os avanços da tecnologia fica mais acessível procurar o profissional específico, podendo ser por meio das redes sociais, por exemplo. Há também clínicas de reabilitação neurofuncional para que paciente seja acolhido. Caso o paciente opte pelo serviço público, ele poderá procurar a sua unidade básica de referência para que seja direcionado para o serviço especializado”, indica.
Além da EM, a Fisioterapia Neurofuncional pode atender pessoas que sofreram outras sequelas neurológicas decorrentes de acidente vascular cerebral (AVC), doença de Parkinson, entre outros.
Serviço
Clínica Escola da Faculdade Una Sete Lagoas
Av. Secretário Divino Padrão, 1.411, Santo Antônio.
Informações e inscrições são feitas pessoalmente, de segunda a sexta-feira, a partir das 14h.
Sobre a Esclerose Múltipla
A Esclerose Múltipla (EM) não tem cura e os tratamentos buscam amenizar os sintomas da doença que é progressiva. Entre os sintomas iniciais estão as alterações no sistema digestivo e urinário, de equilíbrio, fraqueza e dor na musculatura e nas articulações, cansaço intenso e também, depressão.
Trata-se de uma doença crônica, neurológica e autoimune (quando o sistema imunológico reage de maneira exagerada para defender o organismo). No caso, estas células se direcionam mais especificamente para o sistema nervoso central, provocando lesões de várias ordens. Daí, a necessidade de estimular estas regiões do cérebro como tentativa de aumentar a qualidade de vida dos pacientes em atividades simples do dia a dia.
O data escolhida para ser o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla foi instituída em 2006, pela Lei nº 11.303. Este é o dia que nasceu uma das fundadoras da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), Ana Maria Almeida Amarante Levy.
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