Nesta segunda-feira (24) é celebrado o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Mais de 9,7 milhões de pessoas no País possuem algum grau de deficiência auditiva. Dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, desse total, cerca de 2,2 milhões têm deficiência auditiva em situação severa; e, entre estes, 344,2 mil são surdos.
Dificuldades
O sistema de libras é considerado pelas comunidades surdas como sua língua materna, antes mesmo do idioma nativo. Ao contrário do que muita gente pensa, não se trata de uma linguagem composta apenas por gestos e mímicas: apresenta uma série de palavras, sinais e expressões que formam uma estrutura gramatical e semântica própria. É um meio de comunicação e interação social, que abre as portas para oportunidades pessoais e profissionais.
O Dia Nacional da Libras foi instituído principalmente como alerta para as grandes dificuldades em acessibilidade que esses cidadãos enfrentam, da socialização ao mercado de trabalho.
“O mundo ainda é feito para os ouvintes”, lamentou a estudante Janaína Batista, que tem deficiência auditiva. “Para conseguir um emprego, enfrentamos a primeira barreira no currículo em Português, que não é a nossa língua número um. Depois vem a entrevista. Se não houver um intérprete, não conquistamos a vaga. E depois? Como falar com o chefe e colegas?”, ponderou.
Somente em 2002, por meio da Lei nº 10.436, o método passou a ser reconhecido como meio legal de comunicação e expressão. A regulamentação ocorreu em 2005, quando um decreto presidencial incluiu, entre suas determinações, a inserção da Língua Brasileira de Sinais como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior.
O decreto prevê ainda que as Libras sejam ensinadas na educação básica e em universidades por docentes com graduação específica de licenciatura plena em letras.
Sete Lagoas – Giovana Mascarenhas é a profissional que transmite, ao vivo, as informações em Libras pela TV Câmara para os telespectadores em Sete Lagoas. Ela é a primeira profissional em Língua Brasileira de Sinais (Libras) a ser contratada pela Secretaria Especial de Comunicação da Câmara Municipal. Pelo canal 60.2, as informações, que antes chegavam a parcelas da população, agora chegam para todos. Graças ao uso da Libras e à atuação de Giovana com a equipe de apresentadores, repórteres, cinegrafistas e editores da TV Câmara.
O início dos trabalhos ocorreu na gestão passada, com o então presidente vereador pastor Fabrício Nascimento. Permanece no mesmo modelo, desta vez assegurado pelo atual presidente da Casa, vereador Cláudio Caramelo.
Da Redação com o Portal Brasil
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