Desde a pandemia, o pagamento por aproximação, também conhecido como NFC, que é um mecanismo de troca de dados por aproximação entre dispositivos, tem se popularizado no Brasil. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), no primeiro trimestre deste ano, o pagamento por aproximação no Brasil chegou a 44,3% das compras presenciais por cartões. Um aumento de 48% em comparação ao mesmo período de 2022. Mais de R$ 190 bilhões foram gastos dessa maneira. E esse crescimento deve-se a uma maior confiança dos cidadãos na tecnologia, mesmo que ainda haja desconfiança devido a golpes variados.
E por não precisar de confirmação, as dores de cabeça mais comuns de quem tem a aproximação ativada é ser roubado, perder o cartão, ou até sofrer o golpe da aproximação. Magno Machado Nogueira, delegado da Divisão Especializada de Combate a Corrupção, Investigação a Fraudes da polícia civil, explica como o golpe funciona e quais os locais mais comuns de acontecer o ato.
“Eles possuem, geralmente, uma maquininha que deixam habilitada para aproximação. Então, a pessoa pode estar no ônibus, no metrô ou em uma festa… Que esses criminosos saem aproximando a máquina perto do bolso das pessoas e passando até R$ 100. A pessoa fica no prejuízo até que consiga procurar o banco e fazer uma reclamação por fraude”.
O delegado orienta que, caso você seja vítima do golpe, a primeira coisa a ser realizada é o pedido de bloqueio do cartão e, em seguida, a contestação no o banco. Depois disso, é importante fazer um boletim de ocorrência.
Segundo uma vítima, que não será identificada e que teve o cartão furtado, os bandidos gastaram mais de R$600 no cartão. “Eu sempre tive restrições com relação ao cartão de aproximação. Isso porque, se a gente perde ou é roubado, fica muito fácil para quem encontrar. E foi exatamente isso que aconteceu comigo e com meu esposo”, disse.
Ela explica que o casal não utiliza o NFC em todos os cartões. “Nós fomos furtados e, quando nós demos a falta desse cartão, ele já tinha sido usado em vários postos de gasolina e em vários outros locais aqui de Belo Horizonte”, relatou. “E aí que começa a luta com o banco: a gente comprovar isso, fazer o boletim de ocorrência e tentar o ressarcimento”, finalizou.
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