A empresa Cerâmica Sete-lagoana que comandou o mercado por mais de 50 anos na cidade, está proibida de produzir tijolos e telhas até que acerte os salários atrasados e também as recisões dos trabalhadores. Segundo o Sindicalista Milton Mendes, a decisão partiu da regional do Ministério do Trabalho e Emprego de Sete Lagoas durante audiência que aconteceu na última quarta-feira (12) na sede do Ministério do Trabalho e Emprego com a presença de sindicalistas e representantes da empresa.
Na reunião, representantes da empresa, se negaram negociar com o Sindicato Marreta alegando que a entidade não representa os trabalhadores, segundo o advogado da empresa, o sindicato que representa a categoria seria o sindicato de calcinação da cidade. Na oportunidade, representantes do MTE, disse que a discussão naquele momento era os direitos dos trabalhadores, e não qual seria o sindicato que representa os trabalhadores. Após o impasse, uma comissão formada por oito trabalhadores foi formada no intuito de negociar com a empresa, já que a mesma se negou negociar com o sindicato Marreta. Na reunião, representantes da empresa disseram que precisam vender alguns imóveis de propriedade da família para garantir o acerto de todos os trabalhadores.
Diante da situação, o MTE comunicou aos representantes que a empresa está proibida de fabricar qualquer produto, liberando somente o que está em estoque, até que seja pago todos os direitos dos funcionários.
Segundo informações de funcionários, a empresa recebeu a visita de fiscais do Ministério do Trabalho onde constataram várias irregularidades como banheiro e refeitório precário, falta de equipamentos de segurança e falta de ventilação próxima aos fornos com trabalhadores sendo expostos em altas temperaturas.
O Ministério do Trabalho de Sete Lagoas enviou denúncia para a Justiça do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho em Belo Horizonte comunicando sobre a realidade dos trabalhadores da Cerâmica Sete-lagoana.
O sindicato Marreta, estará recolhendo documentos dos trabalhadores para dar entrada no FGTS e também no Seguro Desemprego dos trabalhadores, dois funcionários do sindicato ficarão a disposição dos funcionários na sub sede do sindicato em Sete Lagoas nesta segunda-feira (17) no bairro Boa Vista. Miltom Mendes, sindicalista disse que o sindicato entrará com toda a documentação na Justiça do Trabalho em Belo Horizonte.
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