O desaparecimento de um submarino que levava turistas e pesquisadores para conhecer os destroços do Titanic é um dos assuntos mais comentados nos últimos dias, e o caso ganhou ainda mais repercussão por conta dos métodos peculiares utilizados na viagem. Entre os detalhes mais compartilhados está o meio de controle do veículo, que acontece por meio de um joystick de videogame comum da Logitech.
De forma mais específica, trata-se de um Logitech F710, que está longe de ser um controlador com tecnologia de ponta. Na verdade, ele pode ser comprado por qualquer pessoa em diversas varejistas, com preços que ficam perto dos R$ 275 em grande parte das lojas.
Ele também não é exatamente novo, já que foi apresentado em 2010. Mesmo após 13 anos, ele tem suporte oficial da marca, assim como uma página oficial no site da Logitech.
O visual relativamente ultrapassado do produto esconde que ele traz algumas características avançadas, como o funcionamento por tecnologia sem fio com um dongle de 2,4 GHz, além do retorno de vibração com dois motores.
Uma situação curiosa percebida nos últimos dias foi o aumento no número de F710 vendidos, especialmente após o perfil Cheap Ass Gamer postar um link da Amazon nesta terça-feira. Em questão de poucas horas, o produto foi esgotado.
A unidade utilizada no submarino ainda conta com algumas personalizações extras, que incluem a presença de extensões feitas com impressoras 3D para os sticks analógicos. Além disso, ela traz escrita a frase “guiamos todo esse negócio [o submarino] com esse controle de videogame”.
Por mais que pareça bizarro, o uso de controles do tipo em grandes missões não é incomum. O Exército dos Estados Unidos, por exemplo, utiliza joysticks de Xbox para controlar periscópios e mastros em submarinos.
A principal explicação para o uso de ferramentas tão simples está na facilidade de uso, o que auxilia militares menos inexperientes em processo de treinamento, por exemplo. Mesmo assim, neste caso os joysticks costumam ser usados para controlar apenas partes específicas dos submarinos, e não “todo esse negócio”.
Até o momento, não é possível saber exatamente qual é a falha que fez com que o submarino se perdesse no oceano. De acordo com as fontes oficiais, os esforços estão voltados para encontrar o veículo, que perdeu contato a uma profundidade de 13 mil pés (cerca de quatro quilômetros).
O primeiro problema reportado foi a perda de comunicação com o navio Polar Prince, cerca de uma hora e 45 minutos após o início da viagem. Ao contrário de outros submarinos, este é muito mais dependente do contato com pessoas na superfície — o que, tecnicamente, faz com que a nomenclatura oficial do veículo seja “submersível”.
Mín. 19° Máx. 25°