Os crimes de furto e roubo de motocicletas dispararam neste ano, com aumento de 67%. O cenário reforça a necessidade de mais segurança nas ruas e de atenção redobrada dos pilotos. Dentre os motivos para o aumento, a maior procura por esse meio de transporte, puxada pelos serviços de entrega. Os modelos de 160 cilindradas são os mais visados pelos ladrões.
Só em janeiro e fevereiro, 780 motos foram tomadas por bandidos, contra 466 no mesmo período do ano passado. Os dados são da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas (Sejusp).
Esses e outros sistemas de segurança, como trancas, são cada vez mais necessários, destaca o presidente do Sindicato dos Motociclistas de Belo Horizonte, Rogério Santos. Segundo ele, outro fator que contribui para o aumento dos crimes é o descuido de parte dos motociclistas. Alguns, em meio à correria do dia a dia, param e não acionam o dispositivo. O presidente do sindicato cobra mais fiscalização para barrar a receptação.
A disparada dos crimes também está associada ao aumento de motociclistas nas ruas, principalmente com a demanda elevada dos serviços de entrega. A análise é da delegada Gislaine de Oliveira Rios, da 2ª Delegacia Especializada em Prevenção e Investigação de Furto e Roubo de Veículos Automotores. Segundo ela, as forças de segurança montam uma força-tarefa para tentar prender quadrilhas especializadas.
Gislaine Rios garante que ações efetivas são realizadas diariamente e resultam na recuperação de 50% das motocicletas furtadas. “A oferta para o crime está maior, além dos motociclistas sempre pararem em via pública, e isso vai aumentando os casos. O furto acontece com a oportunidade. Diante disso, a gente então tem os focos no desmanche, na venda de peças e quanto em quem adquire os veículos. É uma cadeia de produção criminosa e a gente vai atuando para coibir as frentes”.
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