A Polícia Federal cumpriu nesta sexta-feira (17) oito mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão em cinco cidades de Minas Gerais na 8ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga participantes e financiadores dos movimentos extremistas de 8 de janeiro.
A corporação informou à reportagem que não identifica eventuais investigados ou presos. Os mandados foram cumpridos em Capinópolis, São João del-Rei, Sete Lagoas, Uberaba e Uberlândia.
No Brasil, houve 46 mandados de busca e apreensão e 32 de prisão preventiva nos Estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhã, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal, além de Minas Gerais.
“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, informa a Polícia Federal em nota à imprensa.
Os mandados de prisão são contra pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os ataques ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os alvos da PF nesta sexta estão militares da ativa e da reserva, além de civis, como a mulher que aparece em fotos e vídeos pichando a frase "perdeu, mané" na estátua que simboliza a Justiça em frente ao prédio do STF.
Também são alvos o invasor do STF que sentou na cadeira do ministro Alexandre de Moraes, e o homem que levou a bola autografada pelo atacante da seleção brasileira Neymar da Câmara dos Deputados.
“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, diz nota da PF.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou mais 100 pessoas acusadas de participação nos ataques criminosos de 8 de janeiro.
Eles vão responder, em liberdade, pelos crimes de incitação equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais e associação criminosa.
Até o momento, a PGR já denunciou 1.037 pessoas por envolvimento nos atos que destruíram e depredaram prédios dos três Poderes. As denúncias estão sendo elaboradas pelo “Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos” criado no âmbito do Ministério Público.
As petições estão sendo apresentadas em grupo, de acordo com o tipo de envolvimento, e individualizadas pela conduta e responsabilização de cada investigado.
Mín. 16° Máx. 29°