Quase 40% dos municípios de Minas estão em situação de 'risco alto' para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como a dengue. O dado é do primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Lira) de 2023, divulgado nesta quinta-feira (2) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
O levantamento mostra que 321 cidades apresentam o índice igual ou maior que 4 – ou seja, risco alto. Outras 337 (40,8%) estão em "alerta" e 169 (20,4%) foram classificadas como "satisfatório". Não há dados sobre 26 municípios do Estado.
Segundo a SES, o dado indica o percentual de imóveis que apresentaram recipientes infestados por larvas do mosquito durante as vistorias dos agentes de combate a endemias. O monitoramento é realizado quatro vezes ao ano para controle do vetor.
Vasos, pratos e bebedouros entre os principais criadouros
Conforme a pesquisa, em janeiro, a maioria (30,8%) dos recipientes infestados era formada por vasos ou frascos, pratos, bebedouros e materiais em depósitos de construção; seguidos dos depósitos passíveis de remoção/proteção, como lixo, sucata e entulho (23,8%); e dos depósitos utilizados no armazenamento de água para consumo humano ao nível do solo (15,8%), como tonel, tambor, barril e filtro.
Os tipos de depósitos de água menos infestados pelo mosquito foram os pneus (9,9%), os depósitos fixos, como tanques em obras, calhas, lajes, piscinas e ralos (8,1%); os depósitos de água elevados ligados a sistema de captação (7,1%), como caixa d´água e tambor; e os depósitos naturais (bromélias, ocos de árvores e rochas (4,5%).
Coordenadora da Vigilância Estadual das Arboviroses da SES-MG, Danielle Capistrano, afirma que a partir dos resultados do Lira, cada município pode otimizar e direcionar as ações de controle do vetor.
A SES-MG disse que realiza "reuniões semanais com as Unidades Regionais de Saúde para discutir e orientar sobre as medidas de prevenção e controle dessas doenças".
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