A redução nos preços dos carros usados vêm sendo uma tendência no mercado automobilístico nos últimos meses. Inclusive, o índice da Tabela Fipe registrou no segundo semestre do ano uma queda de 7,5% no setor. Esse contexto é explicado pela retomada das produções dos automóveis zero, fazendo com que a demanda pelo seminovo diminua, embora o estoque ainda permaneça em grande quantidade. Desta maneira, especialistas afirmam que a fase é muito boa para começar 2023 com este tipo de veículo na garagem.
Segundo informações divulgadas pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a cada carro vendido no país entre janeiro e outubro deste ano, cinco foram seminovos. Até novembro, uma média de 8 milhões de unidades haviam sido negociadas. “A aquisição de um usado é uma ótima alternativa para quem deseja ter um automóvel em boas condições, mas que não está disposto a realizar o investimento que um zero exige. No entanto, é uma decisão cercada de incertezas, que coloca em dúvida se a quilometragem é verdadeira ou se a documentação está realmente em dia”, diz Daniel Abbud, CEO e sócio-fundador da Dryve, fintech com foco no financiamento digital de automóveis.
Para auxiliar nos questionamentos que podem surgir nesse momento, o executivo listou as principais dicas para adquirir um seminovo sem dores de cabeça. Confira abaixo:
Na compra de um seminovo, é essencial se informar sobre o histórico do veículo em que se tem interesse. “Confira se houve revisões, troca de peças, batidas, acidentes e acionamento do seguro, que são imprescindíveis para entender as condições de funcionamento do carro a ser adquirido e prever problemas futuros”, pontua Abbud.
Após pesquisar o histórico do veículo de interesse, um caminho fundamental para evitar golpes é se atentar a detalhes. “Os dados do RENAVAM ou placa não podem ser alterados e, portanto, o interessado pode encontrar todas as informações do veículo. Para isso, existem serviços de consulta de histórico veicular que com a placa do automóvel é possível checar questões como passagens por leilão, recalls, débitos veiculares e afins. Outro ponto importante é consultar a Tabela FIPE, que é a responsável por reunir os preços médios de veículos anunciados pelos vendedores no mercado nacional, o que pode ajudar a definir um parâmetro para as negociações. Ou seja, se o veículo estiver à venda por um valor muito abaixo do padrão, é motivo para se desconfiar da venda”, recomenda o CEO.
Por conta do alto valor de investimento de um carro, o financiamento costuma ser a alternativa mais procurada pelos brasileiros na compra desse bem. Neste caso, existem plataformas on-line que desburocratizam a análise de crédito e ampliam as chances de aprovação. “O chamado financiamento digital já é uma realidade, que permite com que o consumidor tenha acesso a uma experiência multibanco na qual o cliente pode contar com mais de dez parcerias financeiras, o que aumenta em até três vezes as possibilidades de aprovação do financiamento”, revela o executivo.
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