De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pacientes que sofrem de obesidade quase triplicou desde 1975 no mundo todo. No Brasil, conforme a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, mais de 60% da população adulta apresentava excesso de peso, sendo 25% das pessoas a partir de 18 anos com algum grau de obesidade. Esses números foram agravados durante a pandemia.
Neste contexto, conforme orientação e acompanhamento médico, a cirurgia bariátrica é uma alternativa para restabelecer a qualidade de vida de muitos pacientes. O Hospital da Baleia, em Belo Horizonte, é uma referência nesse tipo de procedimento.
Recentemente a equipe médica do hospital realizou um procedimento recorde em relação a média dos casos operados no complexo hospitalar. Aos 39 anos, Lucas Eduardo Franco já não tinha uma vida. Pesando 260 quilos, com índice de massa corpórea de 85, a obesidade ficou extrema e as limitações físicas não permitiam conseguir trabalho, dormir nem se locomover. Outras condições de saúde estavam se agravando. Apesar de ser de extremo risco, ele confiou na equipe médica do Hospital da Baleia para realizar uma bariátrica.
A cirurgia foi realizada no último sábado (19) e apenas dois dias depois ele teve alta, com uma recuperação que surpreendeu os médicos. Essa foi uma das cerca de 10 cirurgias bariátricas feitas por semana no Hospital da Baleia, que possui um centro de referência nesse tipo de procedimento.
Apesar de ser praticamente rotineiro, a cirurgia bariátrica do Lucas foi um caso excepcional. Segundo o doutor Adriano Franco, cirurgião que acompanhou o paciente desde sua chegada ao hospital, foi a maior cirurgia já feita por ele.
“Costumeiramente temos pacientes com IMC entre 35 e 40 indicados para bariátrica. O Lucas apresentava IMC 85, mais que o dobro. Isso indicava a necessidade grande de uma intervenção, mas também as dificuldades que enfrentaríamos e os cuidados necessários”, comenta.
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