A violência contra a mulher precisa ser debatida e combatida por todos. E essa é uma missão de todos. Nessa semana, é celebrado o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres e muitas mulheres tiveram a vida interrompida de forma fria, cruel, deixando saudades e sonhos que agora são impossíveis de se concretizarem.
Uma delas é Márcia Gomes Santiago, de 41 anos. Ela desapareceu no dia 2 de novembro de 2020. Na época, o companheiro dela entrou em contato com a reportage, pedindo ajuda para encontrar a mãe da filha dele, de 9 anos, que segundo ele teria saído de casa para trabalhar e desapareceu. O assassino se passava por um homem fora de suspeita, mas a irmã da vítima não acreditava na inocência do cunhado. Ela lutou e depois de uma perícia no quarto de Márcia, a polícia civil descobriu que não se tratava de um desaparecimento e sim de um feminicídio. O corpo de Márcia nunca foi encontrado.
“É uma coisa que a gente não consegue esquecer em momento algum eu tinha muita vontade que ela não ficasse desaparecida assim igual bicho. Isso é uma coisa que dói muito na gente, tem que lutar muito pra gente não deixar com que isso faça com que a gente perca até a vontade de viver. Hoje, sou orientada com profissionais que não me deixam cair na verdade. Porque tem dia que a gente tem vontade de não sair mais, não trabalhar mais, não preocupar mais com mais nada.”
Dor que também permanece na família de Brenda Rick Cândido, de 45 anos, que depois de assassinada teve o corpo carbonizado pelo ex-namorado. Ela tinha uma medida protetiva.