O primeiro dia de provas do Enem 2022 foi no último domingo (13/11). Mais de 2,4 milhões de candidatos compareceram dos quase 3,4 milhões de inscritos. A redação teve como tema “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil” e surpreendeu participantes. As questões abordaram temas como Amazônia, Guerra da Ucrânia, questões sociais e tecnologia.
No segundo dia de provas, que será em 20 de novembro, matérias de Matemática e Ciências da Natureza serão cobradas. São 90 questões objetivas a serem respondidas em 5 horas. Essa é a chance daqueles que não foram tão bem no primeiro dia recuperarem sua nota. Para tanto, definir estratégias de prova é essencial. Segundo Fabrício Garcia, professor e CEO da Qstione, é preciso administrar bem o tempo e garantir as questões em que se tem mais domínio.
Quando se trata de questões objetivas, surge a dúvida: vale a pena chutar algumas questões quando não se tem o conhecimento específico? De acordo com o especialista, o ideal é que o estudante se esforce realmente para responder conscientemente todas as questões, mas como nem tudo são flores, o estudante pode perder tempo durante o teste e não conseguir responder todas elas. Nesse caso, não há outra saída a não ser chutar algumas questões.
E quando se fala em ‘chute’, vale tratar da Teoria da Resposta ao Item (TRI). A análise baseada na Teoria da Resposta ao Item (TRI) delineia um padrão de acertos específicos para cada respondente do exame, que varia de acordo com o nível de proficiência de cada estudante. Essas características tornam a TRI extremamente interessante enquanto modelo de análise de resultados de avaliações de estudantes. Porém, a lógica do cálculo do score de cada estudante é bem mais difícil de explicar.
Estudantes com o mesmo número de acertos podem apresentar resultados diferentes, pois o perfil de acertos também influencia o resultado final. Assim, o índice de dificuldade das questões (entre outras variáveis estatísticas), definido estatisticamente após a análise do resultado do teste, tem um papel fundamental na lógica de cálculo do resultado. Por isso, responder esta pergunta (É possível chutar no Enem?) não é tão simples assim. Em alguns casos, estudantes que chutam integralmente a prova podem obter resultados superiores a própria média de resultados da prova.
Em suma, ao chutar o estudante literalmente entrega o resultado da prova a sua própria sorte, pois o resultado dos chutes não dependerá apenas do acerto ou erro da questão, mas também do próprio perfil de acertos do teste.
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