O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Contagem (Sintetcon) foi preso na manhã dessa terça-feira, 11, durante a terceira fase da operação Insidior,da Policia Civil de Minas Gerais.
O sindicalista Santos Mendes da Rocha, 51 anos, é apontado como o responsável por pagar R$40 mil para os criminosos que mataram o vereador de Funilândia, Hamilton de Moura.
O crime ocorreu em julho de 2020. O motivo da morte de Hamilton, segundo as investigações, foi pelo controle do sindicato. O mandante do assassinato e líder da organização criminosa é o então vereador de Belo Horizonte Ronaldo Batista (PSC), que está preso.
O Ministério Púbico de Minas Gerais tinha informações que Ronaldo continuava operando e liderando a organização criminosa de dentro da cadeia. Os investigadores chegaram até Santos Mendes da Rocha, a partir de documentos e anotações encontradas, em agosto deste ano, na cela de Ronaldo Batista, na penitenciária Nelson Hungria.
Na prisão, os policias apreenderam também um celular e documentos. O delegado à frente da operação, Domenico Rocha, deu mais detalhes sobre a prisão de Santos Mendes da Rocha e que a operação foi motivada pelas anotações encontradas com Ronaldo.
"A análise dessa documentação acabou demonstrando que ele foi a pessoa, além de participar da cooptação para praticar o homicídio , ele também foi o responsável pela entrega do valor de R$40 mil. Segundo essa documentação, esse valor foi entregue na casa dele. O documento consta, de maneira bastante detalhada, onde ele residia: rua, bairro, tudo minuciosamente descrito. O documento aponta ainda que a intenção dele era se tornar presidente do sindicato dos trabalhadores em transporte de Contagem, o que de fato aconteceu - ele é o atual presidente e, aos olhos da Policia Civil, não há nenhuma dúvida do envolvimento dele com a morte do Hamilton", explica Doménico Rocha.
A terceira fase da operação Insidior cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na sede Sintetcon, na casa do presidente sindical e na residência de parentes deles. "Nessas buscas, nós apreendemos aparelhos celulares, computadores, que agora serão submetidos a perícia, para que novos elementos de prova sejam juntado aos autos".
Desde o início da operação Insidior, nove pessoas foram presas pelo envolvimento do assassinato do ex-vereador de Funilândia.
A reportagem fez contato com o Sintetcon e ninguém foi encontrado, até a publicação desta reportagem, para se pronunciar. A Secretária de Segurança Pública de Minas Gerais também foi procurada para comentar sobre os objetos apreendidos dentro da cela de Ronaldo Batista.
Assim que a SEJUSP o sindicato se posicionarem, a matéria será atualizada.
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