O ministro da Educação, Victor Godoy, anunciou hoje em um vídeo publicado em seu Instagram que recuou da decisão de bloquear R$ 2,4 bilhões da pasta, o que afetaria o funcionamento de universidades e institutos federais.
A decisão acontece um dia após forte pressão de reitores e estudantes, além de uma manifestação nas ruas de Salvador, e em meio à disputa presidencial de segundo turno. No vídeo, Godoy não explicita quando será a liberação e se o desbloqueio é total ou parcial, mas afirma: "O limite de empenho será liberado para universidades federais, institutos federais e a Capes".
A Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) afirmou que instituições não teriam dinheiro para pagar contas básicas, caso o MEC insistisse no bloqueio. É a segunda vez em quatro meses que o MEC recua de um anúncio de contingenciamento após forte reação da comunidade acadêmica.
O bloqueio nas verbas da educação —que aconteceu dois dias antes do primeiro turno das eleições— foi assinado pelo Ministério da Economia e pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Godoy afirma que conversou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, antes de anunciar a decisão.
O ministro explica que a liberação é um movimento que está sendo feito pelo Ministério da Economia, "mantendo-se a responsabilidade fiscal mas, também mostrando a sensibilidade de facilitar a vida do gestor e do reitor".
"Conversei com o ministro Paulo Guedes, ele foi sensível. Nós vamos facilitar a vida de todo mundo", disse Godoy.
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