Uma mulher de 29 anos que estava sendo mantida em cárcere privado pelo companheiro foi liberta na manhã ontem (2), no bairro Anchieta, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Militar, a vítima pediu socorro pela varanda do prédio, momento em que foi ouvida por vizinhos.
Ao chegarem no local, os policiais escutaram o choro da mulher no interior do apartamento. Os agentes então arrombaram a porta e encontraram o homem, de 37 anos, visivelmente alterado, mostrando resistência à abordagem. A vítima, por sua vez, foi encontrada em estado de desespero.
Aos policiais, ela relatou que não mora na casa, mas que mantém uma união estável com o homem. Ela teria ido ao local para passar o dia com o companheiro, mas, assim que entrou no apartamento, ele teria trancado a porta, tomado o telefone dela e exigido a senha do aparelho.
A mulher disse não ter fornecido a senha por medo do homem quebrar o celular, episódio que já aconteceu outras vezes. Nervoso, o homem começou a enforcá-la e agredi-la com socos.
Na tentativa de fugir do local, a mulher foi até a sacada do prédio, mas desistiu de pular ao ver a altura. Ela então gritou por ajuda e correu para a porta do apartamento, mas foi contida pelo homem, que lhe deixou desacordada com um golpe.
Ainda segundo a vítima, o homem a arrastava para o quarto quando a polícia chegou. Às autoridades, o autor alega que ele e a companheira tiveram uma discussão depois que ela encontrou mensagens de uma ex-namorada no telefone dele.
Ele então teria pedido acesso ao celular dela, mas ela não entregou o aparelho. O homem confessou ter feito uso de drogas momentos antes que a polícia chegou no local. Por lá, foram encontradas duas balanças, rolos de filme, uma porção de pó semelhante a cocaína e um cigarro de maconha.
Segundo a PM, o homem tem passagens por uso de drogas, tráfico e receptação. Ele foi conduzido à 3ª Delegacia de Polícia da regional Sul. Ao BHAZ, a Polícia Civil informou que vítima solicitou medida protetiva de urgência e que o caso segue em investigação. Segundo a corporação, a mulher preferiu não fazer exame de corpo de delito e dispensou atendimento médico.
Mín. 20° Máx. 30°