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Polícia Homicídio

Casal é preso por matar homem e simular acidente com cavalo em Minas

Crime teria sido motivado por uma suposta traição da mulher com a vítima

02/09/2022 às 17h14 Atualizada em 02/09/2022 às 17h16
Por: Redação Fonte: Mega Cidade com BHAZ
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Crime teria sido motivado por uma suposta traição da mulher com a vítima (Reprodução/Google Street View)
Crime teria sido motivado por uma suposta traição da mulher com a vítima (Reprodução/Google Street View)

A Polícia Civil prendeu um casal suspeito de matar um homem em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, nessa segunda-feira (29). Na ocasião, o homem de 37 e a mulher de 33 anos fingiram que a morte tinha sido provocada por um cavalo.

A princípio, o delegado entendeu o ocorrido como um acidente com o animal, mas as investigações tomaram outro rumo.

“Já nos primeiros atos de polícia judiciária percebemos detalhes colhidos pelo perito criminal e médico-legista que evidenciavam situação distinta com casos semelhantes envolvendo acidente com cavalos”, disse o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Carlos Fernandes. 

Diante das evidências, os investigadores passaram a tratar o caso como um homicídio.

Relembre o crime

No dia 17 de maio deste ano, a Polícia Militar foi acionada a comparecer na Fazenda Mantiqueira, na região do Córrego da Chácara, onde o homem teria sido encontrado morto pelo cunhado.

O familiar relatou aos policiais que, após tentar contato com a vítima no dia anterior e não ser respondido, deslocou-se até a propriedade rural. Na época, o homem continuou a não atender os chamados. 

O cunhado relatou que percebeu os cães da vítima vindo de uma área de pastagem, para onde se deslocou e a encontrou caída no chão, de bruços, já morta, próximo a uma égua ainda arriada.

A ocorrência foi registrada como um acidente com o animal: a vítima ao tentar montar na égua, supostamente, teria ficado com um dos pés presos no estribo. Então, teria sido arrastada pelo pasto, deixando um rastro de sangue em meio à vegetação. 

Suspeito fez denúncias falsas sobre vítima

A perícia oficial da PCMG compareceu ao local e fez os trabalhos técnicos, colhendo os elementos encontrados na cena do crime. O delegado Carlos Fernandes instaurou inquérito policial para elucidar os fatos e, junto com a equipe de investigadores e escrivães, iniciou as investigações. 

Depois de analisar as hipóteses, com a colaboração de outros órgãos públicos, a Polícia Civil descobriu que o crime teria sido ocasionado por um caso amoroso que a vítima tinha com a investigada. O marido dela ficou sabendo e, assim, cometeram o assassinato.

Ao entrevistar testemunhas, os policiais civis descobriram que o casal passou o final de semana na casa da vítima, retornando para a cidade um dia antes do crime. 

Os policiais ainda descobriram que o suspeito havia feito denúncias infundadas sobre abuso sexual contra uma criança – filha dele – e sobre caça/pesca predatória supostamente praticados pela vítima de homicídio.  

Arma usada no crime

Ao longo das investigações, a Polícia Civil descobriu que, no dia do crime, o investigado esteve na propriedade onde morava a vítima, em seu carro, de cor cinza, fato confirmado por uma testemunha que mora perto do local do crime. 

No dia seguinte à morte, o suspeito foi até a cidade de Comendador Gomes e não compareceu ao velório. A mulher, por sua vez, esteve no velório e, já no dia seguinte, encarregou-se de ir até o local do crime com o pretexto de buscar ferramentas do esposo. Nessa ocasião, ela pegou uma machadinha que seria da vítima para ocultar a arma utilizada no crime. 

Durante monitoramento, os policiais civis perceberam que a investigada se mostrava interessada com a destinação dos bens deixados pela vítima, questionando parentes e amigos sobre um possível testamento.

“Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na residência dos investigados, a machadinha que fora apanhada na residência da vítima foi apreendida, a qual guarda total compatibilidade em provocar a lesão encontrada na cabeça da vítima”, ressaltou o delegado Carlos Fernandes. 

Diante do que foi apurado, a PCMG representou pela prisão temporária do casal.

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