A Anvisa comunicou nesta terça-feira que encontrou quantidades irregulares de ferro e ácido fólico em farinhas de tribo e amido de milho produzidas no Brasil. Segundo relatório da agência, existe um enriquecimento obrigatório das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico.
Trata-se de uma estratégia de saúde pública implementada no país desde 2002, para ajudar a combater dois graves problemas nutricionais: a anemia por deficiência de ferro e a má formação do tubo neural causada pela carência de ácido fólico.
Análises da Anvisa apontam que cerca de 26% das análises realizadas em 2020 e 2021 apresentaram quantidades de ferro fora dos limites estabelecidos. Para o ácido fólico,?em 2021, mais da metade (51%) das farinhas analisadas apresentaram?teor fora dos limites definidos.
A Anvisa regulamentou a obrigatoriedade da fortificação das farinhas de trigo e de milho com ferro e ácido fólico, através de resolução publicada em 2002, e atualizada pela Resolução 604/2022. As farinhas de trigo e de milho enriquecidas devem conter, até o vencimento do prazo de validade, de 4 mg a 9 mg de ferro por 100 g do produto e de 140 µg a 220 µg de ácido fólico por 100g do produto.
O relatório apresenta os resultados do monitoramento da fortificação de farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico de amostras dessas farinhas coletadas no mercado brasileiro nos anos de 2020 e 2021.
O monitoramento é realizado em ação coordenada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e executada pelas vigilâncias sanitárias estaduais, municipais e do Distrito Federal, pelos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) e por outros laboratórios públicos.
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