O Brasil tem 14 “medicamentos imprescindíveis ao cuidado à saúde” em falta nos hospitais públicos e privados, indica pesquisa conduzida por seis entidades ligadas ao setor. O levantamento ouviu 883 profissionais de 25 Estados e do Distrito Federal, e 97,4% deles relataram que há escassez de ao menos um fármaco nos estoques. O problema atinge até mesmo Minas Gerais, onde a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), conforme O TEMPO tem noticiado nos últimos dias, registra desabastecimento de 51 medicações.
"Ratificamos nossa preocupação, pois o acesso a estes medicamentos é indispensável ao processo assistencial", escrevem as entidades de saúde no documento enviado ao ministro da Saúde Marcelo Queiroga. A lista também chegou a outras entidades ligadas ao governo federal, aos Estados e Municípios, assim como aos conselhos federais de Farmácia e de Medicina.
Quem lidera a lista é um medicamento amplamente conhecido pela população. A Dipirona Sódica injetável está em falta para 61,5% dos trabalhadores de saúde consultados. O fármaco ganhou a classificação de essencial porque as outras opções disponíveis para combate à dor e à febre nem sempre alcançam os resultados esperados pelos médicos.
Outro medicamento fundamental em falta é a Ocitocina ampola, em falta para 15,4% dos entrevistados. A escassez da medicação compromete significativamente a realização de partos no País. Outro desfalque importante é o dos contrastes radiológicos, problema para 28,1% dos ouvidos e fundamental para a realização de exames de imagem.
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