A Polícia Civil do Paraná convocou uma entrevista coletiva para as 10h30 desta sexta-feira (15), com o intuito de divulgar mais informações sobre as investigações do assassinato do tesoureiro do PT e guarda municipal Marcelo Arruda, morto no fim de semana a tiros pelo policial penal federal Jorge Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O crime aconteceu em um clube recreativo de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, durante a festa de aniversário do petista. Arruda comemorava os 50 anos com uma mesa enfeitada por símbolos do PT. O inquérito sobre o caso foi concluído na quinta-feira (14), segundo a Polícia Civil.
A instituição diz ter ouvido 17 pessoas na investigação, entre testemunhas que estavam no local do crime e familiares do guarda municipal e do policial penal federal. Também foram analisadas imagens de câmeras de segurança e foram feitas diligências complementares, ainda segundo a polícia.
MP pediu à Justiça sigilo sobre investigações para ‘evitar interferências externas’
Caberá ao Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciar ou não o assassino à Justiça. A instituição pode inclusive discordar do resultado do trabalho da Polícia Civil e até pedir um aprofundamento nas investigações.
Nesta quinta-feira (14), o MPPR pediu à Justiça estadual a decretação de sigilo no inquérito policial que apura o assassinato de um em Foz do Iguaçu.
O pedido foi feito pelo núcleo de Foz do Iguaçu do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), sob alegação de “evitar interferências externas que possam influenciar nas investigações”.
O Gaeco diz no pedido que “o acesso indiscriminado aos autos de terceiros, estranhos ao fato, poderá tumultuar e interferir negativamente nas investigações, sobretudo em razão da existência de diversas diligências investigatórias ainda em curso, além de outras pendentes”.
Além desse pedido, o Gaeco, que acompanha as investigações por designação do procurador-geral de Justiça do Paraná, pediu também, entre outros itens, que o telefone celular do assassino seja encaminhado ao Instituto de Criminalística para perícia, assim como o aparelho que gravou as imagens das câmeras de segurança no local do crime.
A Justiça paraense ainda não respondeu os pedidos do MPPR.
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