A Coordenadoria Estadual de Enfrentamento às Fobias Relacionadas à Orientação Sexual e Identidade de Gênero de Minas Gerais (Cepef) promove uma mobilização na internet para fomentar denúncias de violência ou preconceito contra o público LGBT no carnaval.
Serão disponibilizadas informações para compartilhamento em redes sociais sobre a importância do registro de ocorrências LGBTfóbicas, que contribuirão para o mapeamento da violência e para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para esse segmento.
A ação é coordenada pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp) e conta com o apoio das polícias Militar e Civil, Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac), Ministério Público, Prefeitura de Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), movimentos sociais, entre outras instituições participantes e convidadas das reuniões da Coordenadoria Estadual.
Pelo menos quatro blocos de Carnaval de Belo Horizontes, como Garotas Solteiras, Alô Abacaxi, Bloco Pufticá, Carnaval das Drags, também ajudarão na distribuição do material digital.
A campanha de incentivo ao registro das violências contra o público LGBT faz questão de lembrar que Minas Gerais, de forma inovadora, dá ao cidadão a possibilidade de inserir na ocorrência seu nome social, identidade de gênero ou orientação sexual.
O Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), antigo boletim de ocorrência do Estado, também possui novas possui opções de preenchimento de causa e ou motivação presumidas do crime, que contemplam situações específicas de preconceito LGBTfóbicos.
“O objetivo da mobilização é ampliar as denúncias e o preenchimento correto do boletim de ocorrência para que consigamos uma sistematização das informações sobre essas violências e, partir desse diagnóstico, ações e políticas públicas possam ser fomentadas,” destaca o coordenador da Cepef, Flávio Ribeiro.
As peças de internet também destacam o fato de as denúncias e registros de ocorrências poderem ser feitas em qualquer unidade da Polícia Civil ou Militar, mas lembram o fato de que, em Belo Horizonte, a Polícia Civil tem uma Coordenadoria de Direitos Humanos (NAC), que atende, de forma especializada, esse tipo de ocorrência.
Agência Minas
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