De acordo com o Oncologia América, foram registrados no Brasil em 2022, cerca de 6.550 novos casos de câncer no ovário. Sendo que 830 deles no estado do Rio de Janeiro, uma média de 7,23 casos a cada 100 mil mulheres.
Existem alguns tipos de câncer de ovário e o mais comum é o epitelial, geralmente esta doença acomete mulheres acima dos 50 anos, no período posterior a menopausa, sendo o mais perigoso entre os tumores ginecológicos. Segundo Priscilla Rossi Barreto Marcos, Ginecologista e Especialista em Ginecologia Oncológica, diferente do câncer de mama e colo de útero, por exemplo, não existem exames preventivos que possam rastreá-lo.
“Infelizmente não há nenhum exame para rastreio, ou de detecção precoce do câncer de ovário quando a paciente está sem sintomas. É um câncer com sintomas não específicos da doença, no início muitas vezes assintomático. Mais de 75% dos casos são diagnosticados já em estágios avançados. A detecção geralmente se dá pela percepção de massa pélvica ao exame ginecológico ou achado de exame de imagem como ultrassonografia, tomografia e ressonância”, destacou.
É importante evidenciar a orientação para que toda paciente com câncer de ovário faça uma avaliação genética. “Cerca de 10 a 20% dos casos têm relação com síndromes genéticas, mais conhecidas como BRCA1 e BRCA2. Além destas síndromes, a obesidade, sedentarismo e dietas inadequadas, são fatores de risco expressivos não só para o tumor de ovário, mas também o de endométrio”, explica Priscilla.
O tratamento
Os tratamentos para o câncer de ovário avançaram nos últimos anos. Existem novas técnicas cirúrgicas e o desenvolvimento de novos medicamentos.
“A doença pode ser tratada com cirurgia associada ou quimioterapia, na maioria das vezes, a medicação usada é a platina. A escolha vai depender, principalmente, do tipo histológico do tumor, do estadiamento, da idade, condições clínicas da paciente e se o tumor é inicial ou recorrente. O tratamento cirúrgico especializado é o que tem o maior impacto na sobre a vida da mulher, a Citorreduçao Cirúrgica, pode remover todos os focos visíveis de tumor”, concluiu a especialista.
A maioria das pacientes vão precisar de quimioterapia após a cirurgia. Alguns casos específicos existe a opção de terapias alvo. Após o término da quimioterapia, em mulheres com mutação no tumor do gene BRCA, há estudos que mostram benefício ao utilizar medicações que são inibidores da PARP, como uma manutenção do tratamento.
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