A mãe, a avó, o avô, a tia, o guia espiritual e um auxiliar dele foram indiciados pela morte da menina Maria Fernanda Camargo, de 5 anos, durante um ritual de cura em Frutal, no Triângulo Mineiro. Os seis vão responder por homicídio doloso, com dolo eventual, ou seja quando é possível prever que as ações podem resultar em morte e assumiram os riscos.
De acordo com o delegado, a criança foi morta queimada durante um ritual de cura em que foi colocado fogo no corpo dela. O delegado afirmou que foi pedida a conversão das prisões temporárias, que valem por um mês, em preventivas que não têm prazo determinado.
A justiça acatou o pedido para quatro indiciados, mas negou para o avô e para o auxiliar do guia espiritual que vão responder pelo crime em liberdade. Maria Fernanda estava doente e o ritual foi feito para curá-la.
De acordo com a Polícia Civil, Maria Fernanda Camargo foi assassinada no último dia 24 de março, quando houve a suspeita de acidente doméstico, envolvendo uma churrasqueira da casa dos avós. No entanto, as investigações apontam que a vítima foi queimada viva. Ela foi levada para a um ritual de evocação e incorporação de espíritos malignos.
Durante a seita, foram jogadas ervas e álcool no corpo da criança. Depois, o líder espiritual ateou fogo no corpo dela com o uso de uma vela. A menina teve quase 100% do corpo queimado. Os avós da criança, uma tia e a mãe dela estavam no ritual quando ocorreu o crime. Os familiares ficaram com queimaduras por tentarem apagar o fogo do corpo de Maria Fernanda.
Na época da morte, a menina foi socorrida ao hospital Frei Gabriel em Frutal, mas foi transferida para um hospital em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, onde morreu.
Mín. 14° Máx. 26°