O governador Romeu Zema (Novo) se mantém à frente do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) na disputa pelo Palácio Tiradentes nas eleições de outubro deste ano.
Nova pesquisa Genial/Quaest, de maio, mostra que o atual chefe do Executivo mineiro tem 41% das intenções de voto, mas a diferença para Kalil caiu três pontos percentuais, fora da margem de erro, no comparativo com levantamento de março. O avanço do pré-candidato do PSD foi de 27% para 30%, no cenário estimulado, quando são sugeridos nomes ao eleitor.
O crescimento de Kalil ocorreu acima da margem de erro de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.
"O dado mais relevante é a distância de nove pontos percentuais entre Romeu Zema e Alexandre Kalil, mesmo num cenário em que, por um lado, Zema é muito conhecido e Kalil ainda tem um percentual expressivo de eleitores que não o conhecem. Isso sugere que a eleição deve ser mais difícil do que parecia", avalia Felipe Nunes, diretor da Quaest e responsável pela pesquisa.
A exemplo de Kalil, o senador Carlos Viana (PL) também cresceu três pontos percentuais e aparece na terceira posição, com 9% da preferência do eleitorado. Votos brancos ou nulos e quem não pretende votar somam 11%, enquanto o percentual de indecisos é de 10%.
Os últimos resultados foram divulgados na semana de visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Minas e de novas trocas de farpas entre Zema e Kalil.
O pré-candidato do PSD demonstrou interesse em fazer aliança formal com Lula, mas há impasses envolvendo as pré-candidaturas do seu partido e do PT ao Senado.
O senador Alexandre Silveira (PSD) quer ser candidato a novo mandato, enquanto o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) também almeja o Senado. Além disso, os deputados do PSD eleito por Minas querem apoiar a tentativa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), que Kalil descarta.
Diferentemente da pesquisa consolidada, os números reforçam que Kalil leva vantagem sobre Zema na capital, com 52% a 27% das intenções de voto, e 11% de Carlos Viana. Na Grande BH, a distância é de 50% a 21% da preferência do eleitorado, enquanto Viana tem 10%.
Por fim, no interior, Zema leva vantagem, com 49% das intenções, contra 20% de Kalil e 8% de Carlos Viana.
"O governo Zema está bem avaliado, com mais de 40% de avaliação positiva, mas percebemos que, na capital e na região metropolitana, Kalil tem tido um desempenho realmente acima da média, capaz de confrontar com o desempenho que o Zema tem no interior", avalia Felipe Nunes.
O levantamento chama a atenção pela possibilidade de mudança de voto nos próximos meses. A escolha do candidato já é definitiva para 40% dos eleitores, enquanto 58% afirmam que podem fazer nova escolha. Além disso, 3% não responderam ou não souberam.
Já a pesquisa espontânea da Genial/Quaest mostra que Zema tem 10% das intenções de voto, contra 5% de Alexandre Kalil.
Para 82% dos entrevistados, o candidato ao governo não foi escolhido, enquanto 2% preferem outros candidatos.
“O voto espontâneo é um indicador de força do voto e da escolha do eleitor e até o momento percebemos que, a exemplo de São Paulo, ele ainda é muito baixo em Minas. Se pensarmos que temos dois candidatos tão conhecidos como esses, vemos que o eleitor não está prestando muita atenção na eleição ou não se decidiu pelo candidato.”
APOIO DE PRESIDENCIÁVEIS
A pesquisa também consultou os eleitores sobre a influência dos pré-candidatos à Presidência da República na disputa em Minas.
Nesse cenário, Alexandre Kalil tem 43% das intenções de voto se for apoiado pelo pré-candidato do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Por sua vez, Zema chegou aos 22% do eleitorado com o apoio de Felipe d'Ávila (Novo), enquanto Carlos Viana, com sua imagem atrelada ao presidente Jair Bolsonaro, ganhou 16% da preferência.
Brancos, nulos e não pretendem votar somam 12%; indecisos, 7%.
Felipe Nunes lembra que Minas sempre tem um peso muito forte na escolha do presidente da República: “A eleição em Minas sempre foi a mais importante para entender o quadro nacional. O presidente que ganha em Minas ganha no Brasil. Quando falamos num cenário que diz ao eleitor quem deve ser o apoiador principal de cada candidato, vemos uma mudança muito expressiva. Zema cai de 41% para 22% quando o presidente dele será o candidato do Novo, Luiz Felipe D'Ávila. Kalil cresce de 30% para 43% quando associamos o nome dele ao do ex-presidente Lula. E Carlos Viana cresce de 9% para 16% e quase empata com Zema quando se associa seu nome ao de Bolsonaro”.
A Genial/Quaest ouviu 1.480 eleitores entre 7 e 10 de maio, com nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada junto à Justiça Eleitoral e protocolada sob o número MG-00132/2022.
Governador tem aprovação de 42%
Pré-candidato à reeleição, o governador Romeu Zema (Novo) tem 42% de aprovação dos eleitores mineiros em maio.
De acordo com a pesquisa Genial/Quaest, o percentual de eleitores que consideram a administração do governador como positiva cresceu 1 ponto percentual no comparativo com os dados de março.
Por sua vez, o percentual de eleitores que consideram o governo como regular caiu de 36% para 35%. Finalmente, aqueles que desaprovam a atuação de Zema se manteve em 17%, enquanto 6% dos eleitores não souberam ou não responderam, 1 ponto percentual a menos que no último levantamento.
Considerando apenas o cenário de Belo Horizonte, a aprovação de Zema mostra queda acentuada.
Para 34% dos entrevistados, a administração é considerada positiva, 1 ponto percentual a mais que na última pesquisa.
Por sua vez, 43% dos eleitores consideram o governo regular, demonstrando um avanço de 3 pontos percentuais. Enfim, o percentual de belo-horizontinos que consideram a administração como negativa caiu de 26% para 21%.
Na Grande BH, o desempenho do governo estadual cresce na preferência entre os eleitores. Para 41% dos respondentes, o governo é considerado positivo, com crescimento de 3 pontos percentuais no comparativo com março.
O índice daqueles que consideram o desempenho como regular caiu de 38% para 33% e dos que consideram negativo, cresceu de 18% para 19%.
Nas cidades do interior, Zema também mantém boa performance, já que 43% dos eleitores elegeram a administração estadual como positiva (mesmo resultado da pesquisa anterior. Para 35%, a administração é regular, crescendo levemente 1 ponto, enquanto 15% julgam o governo como negativo.
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