“Metade” da vaca Viatina-19, de pouco mais de três, foi vendida por cerca de R$ 3,9 milhões em um leilão durante a ExpoZebu, que ocorre até sexta-feira (6), em Uberaba, no Triângulo Mineiro. A projeção do valor total dela, R$ 7,9 milhões, é um recorde mundial para a raça bovina Nelore.
De forma parecida com o mercado de ações, comprar “meia vaca” significa que, agora, ela tem mais de um dono: os originais, Casa Branca Agropastoril e Nelore Mara Móveis, e o novo comprador, a Agropecuária Napemo. Na venda de embriões, por exemplo, a depender do contrato, metade é direcionada para um dono e a outra, para os demais. Valores milionários são comuns no mercado da elite agropecuária, já que os ganhos com a compra são igualmente estratosféricos.
“O retorno tende a ser rápido e a gente brinca que o céu é o limite. O novo dono já leiloou a prenhez dela [quando o embrião da vaca já está inseminado em outra, que gestará o bezerro] por R$ 300 mil”, explica a diretora da Casa Branca, Fabiana Marques Borrelli.
A vaca é filhote de dois bovinos premiados e ela própria acumula uma série de premiações, além de ser cotada para o título de Grande Campeã da ExpoZebu.
Sem fazer ideia de que seja a vaca mais cara do mundo, Viatina-19 recebe cuidados "melhor que a gente", brinca Borrelli. "Ela tem uma baia individual, fazemos a limpeza das camas diariamente, o piso é próprio para aguentar todo o peso e ela usa um sabão especial, por exemplo”, conta.
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