Nesta quinta-feira (14/4), Dia Mundial do Café, os mineiros têm muito o que comemorar: isso porque o estado é o maior produtor de café do mundo. Mas, com a alta no preço do café, consumidores precisam regrar a dose. E especialistas explicam o cenário do mercado.
Ana Carolina Gomes, analista de agronegócios do sistema da Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (FAEMG), destacou a importância do setor no estado . "O café é o principal produto de exportação de Minas Gerais e do mundo. Além disso, geramos muito emprego, riqueza e renda para as famílias. Então, é uma data para comemorar."
Entretanto, o café tem passado por adversidades climáticas. Isso, segundo a especialista, tem impactado a produção. "Isso reflete na produção da indústria e, também, ao café que chega aos consumidores. Uma menor produção impacta nos preços. Mas a situação deve melhorar a curto prazo, já que estamos entrando na safra do café. Então, temos uma perspectiva de maior produção para este ano".
Fabíola Sandy é produtora de café na cidade de Três Pontas, no Sul de Minas, e aponta a expectativa sobre o preço do café - que anda com a tabela lá no alto. "Não há uma perspectiva de abaixar o preço pela questão dos estoques e da safra". E, na balança, o preço alto do café para o consumidor nem sempre é positivo para o produtor. "A gente não ganha tanto porque os insumos também aumentaram de forma talvez desproporcional. Então, a nossa margem de lucro é pequena. Outro detalhe: além de produtores, nós somos consumidores. E o preço pro consumidor final está muito alto."
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