Após a alta no preço da cesta básica em alguns estados, agora outro item essencial também vai sofrer aumentos a partir de abril: os medicamentos. A estimativa de reajuste de 13% é das instituições financeiras que fazem o cálculo com base nas definições da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), entidade composta por órgãos do governo, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),
Segundo o economista de uma empresa de investimentos Étore Sanchez, vários fatores são levados em conta para o cálculo da previsão, mas um elemento ainda precisa ser definido e, por isso, os 13% são apenas uma estimativa.
Leonardo Campos, é proprietário de uma farmácia em Taguatinga, no Distrito Federal. Segundo ele, o reajuste equivale à inflação acumulada no ano, mas os primeiros meses terão impacto nos clientes, que serão pegos de surpresa com os novos preços.
A previsão é de que o reajuste total seja uma somatória de aumentos por mês até o fim do semestre. O anúncio deve ser publicado no dia 31 de março pela CMED. Nas ruas, como previsto, o reajuste desagradou, sobretudo porque os salários dos trabalhadores não acompanham a alta.
Outro ponto que o economista explicou é que a estimativa tem alto grau de imprecisão, mas é um limite estipulado que os laboratórios optam por repassar ou não. Com isso, é possível afirmar que o reajuste é certo, mas o percentual ainda não é definitivo. Procurada pela nossa reportagem para comentar os reajustes, a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (ABRAFARMA) disse que não se posiciona sobre o assunto “por se tratar de uma prerrogativa governamental”.
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