Uma mulher de 45 anos, da Tunísia, teve um copo de dose removido cirurgicamente após passar quatro anos com o objeto alojado nas partes íntimas. Ela foi ao Hospital Acadêmico Habib Bourguiba reclamando de dores comuns em diagnósticos de infecção urinária. Por meio de exames, no entanto, os médicos descobriram que se tratava de um copo de vidro no órgão da paciente.
O caso foi relatado pela revista científica Elsevier, no mês de janeiro. O copo ficou envolto por uma pedra na bexiga de aproximadamente 8cm de largura, que normalmente é difícil de ser vista a olho nu. A mulher revelou que havia usado o copo como brinquedo sexual anos atrás.
De acordo com o relatório, a mulher não tinha sangue na urina e nem sofria de incontinência urinária. Entretanto, ela possuía uma faixa de glóbulos vermelhos acima do normal, o que indica que seu corpo estava lutando contra uma infecção.
Normalmente, pedras na bexiga são muito pequenas, e desenvolvem-se a partir de massas duras e mineirais que crescem quando a urina não é esvaziada adequadamente da bexiga. No entanto, elas também podem crescer em torno de objetos estranhos alojados no órgão. Os médicos tiveram que fazer uma cirurgia para remover a pedra da bexiga.
Ao abrirem a pedra, encontraram o copo de vidro ainda intacto. A paciente se recuperou dois dias depois e conseguiu ir para casa. “O melhor tratamento continua sendo preventivo, equilibrando o distúrbio etiopatogênico [causa da doença] e uma boa educação sexual”. Segundo a WebMD, a mulher pode ter realizado “sondagem uretral”.
A arriscada atividade consiste na inserção de copo ou objeto na uretra para “aumenar o prazer e a excitação sexual”. A empresa de informações relacionadas à saude observa: “As motivações mais frequentemente associadas à presença de corpos estranhos na bexiga são de natureza sexual ou erótica”.
“Vários objetos foram inseridos na bexiga e muitos pacientes não conseguem removê-los e ficam muito constrangidos em procurar aconselhamento médico, que é a origem de um quadro clínico, na maioria das vezes atípico, que ocorre em um terreno específico do paciente”, diz outro trecho.
Ultrassom da bexiga da mulher (Reprodução/Elsevier)
Na publicação do caso, que é considerado raro, a revista médica ainda escaneou a imagem do copo de vidro envolto pela pedra na bexiga da mulher. Os médicos acreditam que o copo moveu-se até a bexiga dela por meio da erosão das paredes vaginal e cística. No pronto-socorro, a paciente relatou que havia sofrido inflamação na bexiga várias vezes, mas nunca investigou.
Os médicos acreditam que o copo tenha ido parar na bexiga da mulher por conta de erosão das paredes vaginal e cística da paciente, já que o corpo dela buscava formas de eliminar o corpo estranho.
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