Cruzeiro, Botafogo e Vasco já criaram suas SAFs (Sociedades Anônima do Futebol), transformaram seus times de futebol em empresas e venderam o comando deles para investidores interessados em transformá-los em um negócio lucrativo. Várias outras forças importantes do cenário nacional pretendem seguir o mesmo caminho. E o Democrata de Sete Lagoas não fica para trás nessa nova tendência do mercado nacional.
O presidente do Conselho Deliberativo do clube, Gustavo Guerra Gonçalves, convocou os conselheiros para reunião extraordinária - dia 16 de março, às 19h, na Arena do Jacaré - para alteração do Estatuto Social do Clube, possibilitando a criação e/ou participação em Sociedade Anônima do Futebol (Lei 14.193/21), “com vistas a adequá-lo à realidade do mercado, garantindo ao Jacaré o mínimo de 10% do capital social da instituição”.
Mas o que muda quando o clube transita para o SAF? A maioria dos clubes brasileiros hoje são associações sem fins lucrativos. Adotando o sistema, o time passa os ativos (lucros) para a empresa, assim como os passivos (dívidas). Há uma separação do futebol em relação à parte social. O modelo possibilita diferentes formatos que são debatidos internamente pelos clubes antes da mudança ser efetuada, como a porcentagem a ser negociada. O clube-empresa tem um dono e o dono vai responder diretamente pelos prejuízos caso o clube venha a tê-los. No caso do Democrata, conforme Edital de Convocação (veja abaixo), seriam autorizados a venda de 90% do capital social, que é uma parcela do patrimônio líquido da instituição.
Estarão em pauta na reunião do próximo dia 16 os seguintes assuntos: alteração do Estatuto Social do Clube, possibilitando a criação e/ou participação em SAF; autorização à Diretoria Executiva para conceber modelo e praticar todos os atos necessários que visem a implementação no Clube do regime jurídico de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), nos termos da Lei Federal nº 14.193, de 6 de agosto de 2021.
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