Diante da guerra iniciada há uma semana no Leste Europeu, envolvendo Rússia e Ucrânia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou na live desta quinta-feira (3) preocupação com uma nova disparada no preço dos combustíveis no Brasil.
"O preço do petróleo lá fora disparou. Por sorte o dólar caiu para R$ 5,03, que ajuda a equilibrar no preço do combustível", disse o presidente.
Ele reitera que não pretende interferir nas decisões da estatal, mas sugeriu uma solução aos diretores e ao presidente indicado pelo próprio Bolsonaro em fevereiro do ano passado, o general do Exército Joaquim Silva e Luna.
"Esse é outro assunto que a gente está tratando porque não tenho como, nem vou interferir na Petrobras. Agora, a Petrobras por sua vez sabe da sua responsabilidade e o que tem que fazer para colaborar para que os preços dos combustíveis aqui dentro não dispare", declarou.
"A Petrobras tem gente competente para isso, tem seu quadro de diretores, tem seu presidente, e sabe o que fazer. Estamos vendo aqui na mídia, e é verdade, o lucro que a Petrobras está tendo. Num momento de crise como esse, acho que esse lucro aí, dependendo da decisão dos diretores, poderia nesse momento de crise aqui ser rebaixado um pouquinho para a gente não sofrer muito aqui", acrescentou Bolsonaro.
Uma nova disparada no preço dos combustíveis seria mais um revés sofrido pela campanha pela reeleição de Bolsonaro, que já terá de responder às críticas pelo desemprego, fome e condução da pandemia do coronavírus.
Senado vai votar projetos para redução do preço dos combustíveis
Outra reação de autoridade política para tentar conter a alta no preço dos combustíveis veio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Tendo em vista o impacto da guerra entre Rússia e Ucrânia no preço do barril de petróleo, Pacheco anunciou, na quarta-feira (2), que colocará em pauta de votação o pacote de projetos de lei que buscam reduzir o preço dos combustíveis.
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