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Saúde Doença de Chagas

Biólogo alerta sobre barbeiro transmissor da Doença de Chagas, encontrado em Sete Lagoas e Prudente de Morais

Saiba o que é a doença!

03/03/2022 às 17h31
Por: Redação Fonte: Mega Cidade
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O biólogo e entomólogo Damisson Salvador, do Centro de Controle de Zoonoses de Sete Lagoas (CCZ-SL), alerta sobre o barbeiro hospedeiro e transmissor do Doença de Chagas, no distrito de Fazenda Velha, região da Pousada do Sol no distrito do Barreiro e na área atrás da Bombril.

Segundo ele, o inseto cujo nome científico é Panstrongylus megistus, também foi encontrado em Prudente de Morais, onde após exame foi constatado que o mesmo estava contaminado. “Infelizmente houve contaminação humana. Já os que eu mesmo encontrei em Fazenda Velha, Pousada do Sol e atrás da Bombril, o resultado foi negativo para a doença, ou seja, os mesmos não continham o protozoário de Chagas.”, adverte.

Caso alguém localize o inseto deverá comunicar a Secretaria Municipal de Saúde ou diretamente o CCZ-SL, através do telefone: (31) 3 771-5796.

A Doença de Chagas

É uma doença transmissível causada por um parasito e transmitida principalmente através do inseto “barbeiro”. O agente causador é um protozoário denominado Trypanosoma cruzi. No homem e nos animais, vive no sangue periférico e nas fibras musculares, especialmente as cardíacas e digestivas. Os barbeiros abrigam-se em locais muito próximos à fonte de alimento e podem ser encontrados na mata, escondidos em ninhos de pássaros, toca de animais, casca de tronco de árvore, montes de lenha e embaixo de pedras. Nas casas escondem-se nas frestas, buracos das paredes, nas camas, colchões e baús, além de serem encontrados em galinheiro, chiqueiro, paiol, curral e depósitos.

Transmissão: a transmissão se dá pelas fezes que o “barbeiro” deposita sobre a pele da pessoa, enquanto suga o sangue. Geralmente, a picada provoca coceira e o ato de coçar facilita a penetração do tripanossomo pelo local da picada. O T.cruzi contido nas fezes do “barbeiro” pode penetrar no organismo humano, também pela mucosa dos olhos, nariz e boca ou através de feridas ou cortes recentes existentes na pele. Podemos ter ainda, outros mecanismos de transmissão através de: transfusão de sangue, caso o doador seja portador da doença; transmissão congênita da mãe chagásica, para o filho via placenta; manipulação de caça (ingestão de carne contaminada) e acidentalmente em laboratórios.

Sintomas:

Fase aguda: febre, mal estar, falta de apetite, edemas (inchaço) localizados na pálpebra ou em outras partes do corpo, aumento do baço e do fígado e distúrbios cardíacos. Em crianças, o quadro pode se agravar e levar à morte. Freqüentemente, nesta fase, não há qualquer manifestação da doença, podendo passar desapercebida.

Fase crônica: nessa fase muitos pacientes podem passar um longo período, ou mesmo toda a sua vida, sem apresentar nenhuma manifestação da doença, embora sejam portadores do T.cruzi. Em outros casos, a doença prossegue ativamente, passada a fase inicial, podendo comprometer muitos setores do organismo, salientando-se o coração e o aparelho digestivo.

Tratamento: as drogas hoje disponíveis são eficazes apenas na fase inicial da enfermidade, daí a importância da sua descoberta precoce.

Prevenção: baseia-se principalmente em medidas de controle ao “barbeiro”, impedindo a sua proliferação nas moradias e em seus arredores. As atividades de educação em saúde devem estar inseridas em todas as ações de controle, bem como, as medidas a serem tomadas pela população local, tais como:

– melhorar a habitação, através de reboco e tamponamento de rachaduras e frestas;
– usar telas em portas e janelas;
– impedir a permanência de animais como cão, gato, macaco e outros no interior da casa;
– evitar montes de lenhas, telhas ou outros entulhos no interior e arredores da casa;
– construir galinheiro, paiol, tulha, chiqueiro, depósitos, afastados das casas e mantê-los limpos;
– retirar ninhos de pássaros dos beirais das casas;
– fazer limpeza periódica nas casas e em seus arredores;
– difundir junto aos amigos, parentes, vizinhos, os conhecimentos básicos sobre a doença, transmissor e sobre as medidas preventivas;
– encaminhar os insetos suspeitos de serem “barbeiros” para o serviço de saúde mais próximo.

 

 

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