Após 109 anos de fundação, o América alcançou o momento mais importante de sua existência, com a participação inédita na Copa Libertadores em 2022. No entanto, em dois minutos de cochilo na primeira etapa, o Coelho quase viu o sonho de uma vida se transformar em pesadelo, mas buscou uma reação histórica, diante do Guaraní, em Assunção, nesta quarta-feira (2). Wellington Paulista (2) e Pedrinho marcaram para os mineiros, após Fernando Fernández e Marcos Cáceres terem deixado os donos da casa em vantagem. Nas cobranças de pênaltis, deu Coelho por 5 a 4, com Everaldo convertendo a batida decisiva. Além do atacante, converteram para o América Wellington Paulista, Iago Maidana, Ramírez e Rodolfo (Henrique Almeida e Patric erraram). Para o Guaraní marcaram Ayala, Ortíz, Rodrigo Fernández e Benítez (Vásquez e Rodi Ferreira erraram).
Chaco com a obrigação de vencer, por ter sido batida por 1 a 0, no Independência. No Horto, o Coelho havia dominado o confronto, criando várias chances, mas falhou e foi castigado com o gol de Cólman, nos acréscimos do segundo tempo. Em Assunção, tudo que o treinador alviverde havia planejado nos seis dias que teve para trabalhar no Lana Drummond, caiu por terra ainda no primeiro tempo, quando sofreu dois gols, aos 12 e aos 14 minutos. Porém, o Coelho reagiu. Virou a partida nos 90 minutos e garantiu a vaga na penalidade.
Com a classificação, o América vai pegar o vencedor do duelo entre Barcelona de Guayaquil-EQU e Universitário-PER, que também se enfrentam nesta quarta-feira, às 21h30, no estádio Nacional de Lima, no Peru.
"Fizemos um grande jogo em casa, mas por um detalhe perdemos. Viemos buscar a vitória, sabíamos que era contra um time qualificado, com bons jogadores, mas sabíamos que tínhamos condições. Depois de tomar 2 a 0, o mais importante era confiar. Voltamos para o segundo tempo, buscamos o primeiro gol, o segundo e o terceiro", festejou Wellington Paulista, o artilheiro da noite.
O América volta a campo no sábado, quando recebe o Villa Nova, às 16h30, no Independência, pela nona rodada do Campeonato Mineiro. O Coelho ocupa quinto lugar na tabela, com 14 pontos. O Leão do Bonfim, por sua vez, soma nove, na sétima colocação.
Embora Marquinhos Santos não tenha revelado qual seria sua estratégia para tirar a vantagem do Guaraní em Assunção, certamente, não estava nos planos do treinador do América levar dois gols em apenas 14 minutos da primeira etapa.
No primeiro, o lateral-esquerdo Guillermo Benítez partiu do meio de campo, passou como quis pelos marcadores e foi parado com falta, dentro da área, por Éder. Pênalti que Fernando Fernández cobrou no canto direito de Jaílson, para colocar os donos da casa em vantagem, aos 12 minutos.
O Coelho mal teve tempo para assimilar o golpe e foi novamente batido. Após cobrança de escanteio pelo lado direito do ataque, o zagueiro Marcos Cáceres subiu livre e testou sem chance para Jaílson.
Mesmo em desvantagem no placar, o América terminou a primeira etapa com 77% de posse de bola, mas apenas um chute a gol. Algo semelhante ao ocorrido no Independência.
Na segunda etapa, o América seguiu com maior posse de bola e foi para cima do Guaraní. O que não havia conseguido ainda na Libertadores, aconteceu por duas vezes, ambas com Wellington Paulista. Na primeira, o atacante empurrou de carrinho, aos 13. Aos 29, o camisa 7, de cabeça, venceu Vásquez pela segunda vez.
Quando o jogo se encaminhava para um desfecho ruim para o Coelho, Pedrinho, que havia entrado no segundo tempo, marcou o terceiro, aos 47, e levou a decisão para os pênaltis.
FICHA TÉCNICA
GUARANÍ-PAR 2 (4) x 3 (5) AMÉRICA
Motivo: jogo de volta da segunda fase da Libertadores
Local: Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai
Gols: Fernando Fernández, aos 12, Marcos Cáceres, aos 14 minutos do primeiro tempo; Wellington Paulista, aos 13 e aos 29, Pedrinho, aos 47 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Felipe Azevedo, Éder, Iago Maidana (América); Mendoza, Rodrigo Fernández e Rodi Ferreira (Guaraní)
Árbitro: Facundo Tello (Argentina)
Assistentes: Facundo Rodriguez e Maxilimiliano del Yesso (ambos da Argentina)
GUARANÍ-PAR: Vásquez; Julio González, Marcos Cáceres, Roberto Fernandez e Guillermo Benítez (Rodi Ferreira); Rodrigo Fernández, Mendoza (Ángel Benítez), Marcelo González (Ayala) e Ortíz; Colmán (Samudio) e Fernando Fernández (Bareiro). Técnico: Fernando Jubero
AMÉRICA: Jaílson; Patric, Iago Maidana, Éder (Everaldo) e Marlon (Rodolfo); Lucas Kal, Juninho, Alê (Ramirez) e Matheusinho (Henrique Almeida); Felipe Azevedo (Pedrinho) e Wellington Paulista. Técnico: Marquinhos Santos
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