A Heineken, segunda maior empresa do ramo cervejeiro no mundo, alertou que deve aumentar, em escala global, preços de seus produtos. Medida ocorre devido à inflação que assola grande parte do mundo. A informação é do CEO do conglomerado, Dolf Van Den Brink, em comunicado a acionistas.
“Não víamos esse nível de alta nos preços e inflação em uma geração”, disse. A empresa, que tem em seu portfolio, ainda, marcas como Amstel, Devassa, Tiger, Glacial, Kaiser e Bavaria, registrou altas de consumo significativas entre 2020 e 2021 no Brasil – de 25% para as três primeiras e a cerveja homônima ao grupo, consideradas como a linha “premium”, e 30% outras três, que são do segmento “econômico”.
No Brasil, a Heineken registrou alta de 10% no volume de vendas entre o terceiro e o quarto trimestre do ano passado, na comparação com o mesmo período de 2020, após amargar queda de 10% entre o primeiro e o segundo, em relação ao ano anterior.
No mundo, a empresa havia registrado prejuízo líquido de 204 milhões de euros em 2020. A queda foi revertida em lucro líquido de 3,32 bilhões de euros em 2021. Apesar disso, custos de produção, em especial no último semestre de 2021, também avançaram.
Dentre os motivos citados, está, principalmente, alta de até 50% nos preços do alumínio em escala global, que interfere diretamente na cadeia de produção e distribuição de cervejas. Outros problemas, conforme a empresa, são avanços significativos no valor de energia e transporte.
“Compensaremos esses aumentos de custo de insumos por meio de preços em termos absolutos, o que pode levar a um consumo de cerveja menor”, frisou o diretor financeiro da cervejeira, Harold Van Den Broek, também em comunicado.
A reportagem tenta contato com a assessoria de imprensa da Heineken no Brasil para repercutir, em nível nacional, possíveis aumentos de preço.
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