O Sindicato dos Metalúrgicos de Sete Lagoas e Região aguarda com expectativa o resultado do leilão da Siderúrgica Noroeste marcado para o dia 16 de fevereiro. Hoje, a empresa tem dívidas com os trabalhadores que não receberam os salários dos meses de novembro e dezembro de 2016 e janeiro de 2017, além do 13º salário do ano passado. De acordo com informações extra-oficiais, as dívidas da Noroeste passam de R$ 3 milhões, segundo Ernane Dias, presidente do sindicato.
A crise já dura desde 2015. Ernane Dias relembra que em março de 2016 a siderúrgica parou as atividades, teve alguma melhora e chegou a assinar um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) com o Sindicato dos Metalúrgicos de Sete Lagoas e Região, mas voltou a ter a saúde financeira piorada e não cumpriu os acordos. Voltou a parar a produção de ferro gusa e não está recolhendo, conforme informou o sindicato, nem o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e nem o que é devido à Previdência Social.
“É uma calamidade”, dispara Ernane Dias. “São muitos trabalhadores, entre 120 e 130 pessoas, mas este número pode ser maior, porque alguns pedem rescisão contratual direto na Justiça. O melhor seria chamar o sindicato e fazer o pedido de rescisão indireta”, aconselha o presidente.
Ainda de acordo com Ernane Dias, atualmente nem matéria prima a Siderúrgica Noroeste possui. “O forno está pronto para funcionar, mas falta carvão”, resume.
Outro lado – A reportagem do Megacidade.com tentou falar com a direção da Siderúrgica Noroeste, mas não havia ninguém para falar sobre a crise. O contato foi feito na manhã desta quinta-feira.
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