Após as chuvas intensas que atingiram o Estado, os casos de dengue mais que triplicaram em Minas Gerais, em um intervalo de apenas 12 dias. Em 20 de janeiro, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) notificou 178 casos. Conforme os dados divulgados ontem, o total chegou a 577 anteontem, o que significa aumento de 224,1%.
Apenas um caso de chikungunya, também transmitido pelo mosquito "Aedes aegypti", havia sido confirmado em 20 de janeiro. O número subiu para 13, aumento de 1.200%. Sete casos prováveis de Zika são investigados no Estado – não houve confirmação da doença neste ano.
De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), neste ano, até 27 de janeiro, 12 casos de dengue foram confirmados no município. Ao todo, 302 estão sob investigação, e outros 26 foram descartados.
De olho nisso, a PBH afirmou que tem desenvolvido ações preventivas. Além da visita dos agentes de combate a endemias aos imóveis, a Secretaria Municipal de Saúde afirma que tem mantido a aplicação de inseticida a Ultra Baixo Volume para o combate a mosquitos adultos em áreas com casos suspeitos de transmissão local.
Outra técnica é a liberação de mosquitos com Wolbacia pela cidade. “Mosquitos que carregam o microrganismo têm a capacidade reduzida na transmissão das arboviroses, diminuindo assim, o risco de surtos de dengue, zika, chikungunya e febre Amarela”, diz nota da PBH. Desde 2020, drones também auxiliam a identificar possíveis focos de dengue em imóveis.
A SES reforçou que, em caso de suspeita de dengue, a pessoa precisa procurar atendimento médico, imediatamente, e reforçar a hidratação.
A pasta informou que a Resolução SES-MG nº 7.733, de 22 de setembro de 2021, prevê o repasse de R$ 40 milhões a municípios para realização de ações estratégicas de combate a dengue, zika, chikungunya e febre amarela. O órgão não detalhou se o repasse já foi efetuado.
(Com Agências)
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