Nunca o cartão de vacina foi tão importante. Dados de uma das maiores redes de laboratórios de análises clínicas em Minas revelam a triste escalada do coronavírus em crianças e adolescentes. E os dados são preocupantes.
De cada duas crianças que entram em unidades do laboratório Hermes Pardini para fazer o teste da Covid-19, uma está contaminada.
Os números mostram que desde a confirmação da presença da variante Ômicron no Estado, houve uma disparada de testes positivos entre crianças e adolescentes de até 13 anos.
Logo após o Natal, o índice de testes positivos estava em 3%; após o Réveillon, o índice já era seis vezes maior. Agora, durante as férias escolares, até esse domingo (23), o percentual já beirava os 60%.
Para o pediatra e mestre em infectologia José Geraldo Leite Ribeiro, do Grupo Pardini, o aumento do número de casos de Covid pode estar relacionado à circulação da variante Ômicron. E ele faz um alerta aos pais ou responsáveis:
"É muito importante que as famílias não percam a oportunidade de vacinar as crianças. Tanto a vacina Pfizer quanto a CoronaVac, demonstram dados de segurança muito favoráveis".
Segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde divulgado nesta segunda-feira (24), 81 crianças com até 9 anos perderam a vida por causa do coronavírus. E na faixa entre 10 e 19 anos, são 69 óbitos.
A boa notícia é que BH recebeu 40.340 doses da vacina CoronaVac neste início de semana e, já a partir de quarta-feira (26), o imunizante do Instituto Butantan começa a ser aplicado em crianças com 10 anos, sem comorbidades, reforçando a vacinação infantil que começou no último dia 20, com a Pfizer.
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