As explosões de casos de covid-19, impulsionada pela variante Ômicron, e de gripe, deixam secretarias de saúde de municípios de Minas Gerais em alerta. Segundo o Conselho que representa as pastas, há dificuldade para diferenciar as duas doenças por falta de testes rápidos de antígeno.
O problema é causado pela falta de insumos no mercado internacional para produção dos exames, explica o presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais, Eduardo Luiz da Silva.
"Estamos trabalhando no sentido de propiciar aos municípios a possibilidade de aquisição desses insumos, mas sabemos que o mercado que regula esses insumos está em falta", ressalta.
De acordo com ele, a Secretaria Estadual de Saúde recebeu cerca de 750 mil testes do Ministério da Saúde. Mas como não param de chegar pessoas com sintomas gripais nos centros de saúde e laboratórios das cidades mineiras, o Conselho tenta antecipar uma nova remessa para Minas.
Outra preocupação do Conselho é que ocorra, nos próximos dias, aumento considerável de ocupação de leitos, principalmente de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), devido às infecções por covid-19 e Influenza.
"O leito de UTI, neste momento, passa a ser uma preocupação para os municípios. Eles não faltam no estado, eles estão disponíveis, mas precisamos monitorar nas próximas duas semanas como se dará o comportamento desse paciente", ressaltou.
"Sabemos que a variante Ômicron tem alta transmissibilidade, mas tem menor morbidade. Ou seja, ela leva menos casos graves à UTI. Precisamos monitorar a ocupação dos leitos para que, nas próximas duas semanas, tenhamos um cenário real da nova nova onda da covid-19 em Minas Gerais", completa.
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