Insatisfeitos com os altos preços dos combustíveis, sobretudo do óleo diesel, representantes dos transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Goiás e Distrito Federal vão se reunir na próxima terça-feira (25) para articular uma nova manifestação nacional dos tanqueiros. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (21) pelo Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG).
Durante encontro, os transportadores vão definir uma data para uma possível paralisação da categoria. Dentre as reivindicações estão o questionamento da política de preços praticada pela Petrobras e os custos incidentes sobre o óleo diesel, especialmente o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) - no caso de Minas, o sindicato pede redução do ICMS de 14% para 12%. Além disso, os tanqueiros pedem também o fim da Paridade dos Preços de Importação (PPI) e a extinção do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF)
"Esta semana, intensificamos os contatos com as nossas bases. A insatisfação contra os altos preços dos combustíveis é geral e a adesão ao nosso movimento tem avançado pelo país. Na terça, as entidades voltarão a se reunir para bater o martelo sobre a manifestação, que poderá culminar em uma grande paralisação, por tempo indeterminado", informa o presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes.
Ele afirma que há anos os tanqueiros vêm enfrentando dificuldades para se manter em atividade, mas, a partir de outubro de 2016, com a adoção da atual política de reajuste de preços pela Petrobras, a situação se complicou ainda mais. "Agora está insustentável", contou.
Para o presidente do Sindtanque-MG, o fim do congelamento do ICMS dos combustíveis anunciado pelos governos estaduais, previsto para fevereiro, deve promover o agravamento da situação. "Nunca vivemos uma crise como está no setor. Estamos nos preparando para cruzar os braços, pois não temos outra saída", admite Irani.
"Não concordamos e não vamos mais aceitar essa maléfica política de preços de reajustes dos preços dos combustíveis praticada pela Petrobras, que tem prejudicado a população e inviabilizado a atividade de transporte rodoviário de cargas no país", finaliza em nota.
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