"É alerta máximo agora para que a gente não seja surpreendido com um aumento mais explosivos dos casos". É assim que o infectologista Estevão Urbano define o atual momento de Belo Horizonte, onde a ocupação de leitos de enfermaria COVID-19 voltou a ficar no vermelho após 269 dias - quase nove meses.
O estudioso, integrante do Comitê de Enfrentamento à COVID-19 da Preitura de Belo Horizonte (PBH), credita a volta do índice mais preocupante às movimentações típicas de fim de ano. "Muitas viagens, reuniões, tivemos natal e réveillon... Acredito que seja consequência disso mesmo", afirma.
"O aumento também pode ser reflexo da variante ômicron que pode estar relacionada à esse aumento", acrescentou.
De acordo com o boletim divulgado pela PBH hoje (3/1), o primeiro de 2022, todos os índices tiveram algum acréscimo e a ocupação de enfermaria direcionada para COVID-19 voltou a ficar no patamar mais preocupante - a última vez havia sido no dia 9 de abril do ano passado.
Desde 24 de junho de 2021 nenhum indicador ficava no vermelho. Naquele dia, a ocupação de UTI/COVID estava no índice mais alto e, depois disso, não ficou mais no vermelho - oscilando entre verde e amarelo. BH ficou, ao todo, 193 dias sem qualquer um dos três indicadores no nível mais preocupante.
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