A Itália autorizou nesta quinta-feira (30) o uso de dois antivirais, molnupiravir e remdesivir, no tratamento de pacientes com Covid-19 não hospitalizados e com doença leve a moderada de início recente, mas com alto risco para desenvolvimento de sintoma grave.
O anúncio foi feito pela Comissão Técnica-Científica (CTS) da Agência Italiana de Medicamentos (Aifa) e refere-se a pacientes "com quadros clínicos concomitantes que representam fatores de risco específicos para o desenvolvimento da Covid-19 grave".
O molnupiravir é um antiviral oral autorizado para distribuição em condições de emergência pelo Ministério da Saúde da Itália desde 26 de novembro de 2021, cujo uso é indicado até 5 dias após o início dos sintomas.
A duração do tratamento, que consiste na ingestão de quatro comprimidos (200 mg) por duas vezes ao dia, é de 5 dias. Para sua prescrição, está prevista a utilização de um registro de monitoramento que ficará disponível online no site da Aifa, conforme a nota.
A determinação da Aifa relativa aos métodos entra em vigor a partir de 30 de dezembro. O molnupiravir será distribuído pela Estrutura do Comissário às Regiões a partir de 4 de janeiro.
No caso do remdesivir, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou recentemente uma extensão da indicação para o tratamento de pacientes com alto risco de desenvolver a Covid-19 grave sem o uso de oxigenoterapia e podem ser usados em até 7 dias após o aparecimento dos sintomas, de acordo com a Aifa.
A duração do tratamento, que consiste na administração intravenosa, é de 3 dias. Também para esta nova indicação, está prevista a utilização de um registo de acompanhamento", acrescenta a agência.
A decisão é divulgada no dia em que o país bateu um novo recorde de casos diários de Covid-19 e superou pela primeira vez a marca de 100 mil contágios em um único dia.
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