Dois anos após ser alvo de hackers no caso que ficou conhecido como Vaza Jato e contribuiu para anulação de condenações na Lava Jato, Sergio Moro voltou a ter a sua conta no Telegram invadida.
Na madrugada desta quarta-feira (3), o perfil do ex-juiz e ex-ministro da Justiça no aplicativo de troca de mensagens foi ativado sem sua autorização e passou a distribuir pornografia.
A conta de Sergio Moro no Twitter fez um tuíte à 0h05 desta quarta-feira (3) de um link para um canal no Telegram, em inglês, com a mensagem: “Este post é para o Telegram, eu quero obter esse nome de usuário”. Ela levava a um canal no aplicativo em nome do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro.
No canal do Telegram aparecia uma mensagem sobre o espaço ter sido usado para veiculação de material pornográfico. “Este canal não pode ser exibido porque foi usado para divulgar conteúdo pornográfico”.
O ex-juiz, vai se filiar ao Podemos no dia 10 próximo com o intuito de concorrer à Presidência da República em 2022, apagou o tuíte poucos minutos após a postagem.
A assessoria do ex-ministro informou que havia alguém usando o “nome de Moro (sf_moro) para postar imagens indevidas (pornográficas)” e que “o técnico estava tentando recuperar esse nome de usuário” para desativá-lo.
Em 2019, Moro foi alvo de hackers de Araraquara (SP), que obtiveram acesso a mensagens de celulares de autoridades, como do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato. Naquele ano, o The Intercept publicou reportagens com textos trocados entre o ex-ministro, Deltan Dallagnol e outros integrantes da força-tarefa da Lava Jato.
A Vaza Jato expôs as relações entre Moro e procuradores e colocou em xeque a sua imparcialidade. Em depoimento à 10ª Vara Federal de Brasília, em maio deste ano, Moro disse que desistiu de usar o Telegram em 2017 por não considerá-lo confiável.
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