Em meio à instisafação de vários setores da economia com os preços dos combústiveis, a Petrobras anunciou nesta segunda-feira (25) aumento dos valores da gasolina e do diesel para distribuidoras. Segundo comunicado divulgado pela estatal, os novos preços passam a vigorar a partir de terça (26).
Com o reajuste, o preço médio de venda da gasolina passará de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro, um reajuste médio de R$ 0,21 por litro (alta de 7,04%).
Nas bombas dos postos, essa mudança deve impactar em uma alta R$ 0,15 por litro, segundo a petroleira. O cálculo considera a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos.
Este é o segundo reajuste no preço do combustível este mês. No último dia 9, a gasolina já havia subido 7,2%.
Já o litro do diesel passará de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,28 por litro (alta de 9,15%). Nas bombas, essa variação deve refletir numa alta de R$ 0,24 por litro.
O cálculo leva em conta a mistura obrigatória de 12% de biodiesel e 88% de diesel para a composição do diesel oferecido nos postos.
No ano, o diesel já acumula alta de 65,3% nas refinarias, enquanto a a gasolina subiu 73,4% no mesmo período.
Os reajustes haviam sido adiantados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no último domingo (24).
Ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, Bolsonaro disse ainda que o governo federal não vai interferir na execução da atual política de preços da Petrobras e de nenhum outro setor.
No entanto, o presidente confirmou que tem conversado com Guedes sobre o futuro da empresa energética, não descartando, inclusive, a opção de privatização – hipótese que admitiu ser “complicada.”
O anúncio do presidente ocorreu após a greve dos tanqueiros ocorrida em Minas Gerais e em mais cinco estados. Iniciada na madrugada da última quinta-feira (21), o movimento foi motivado pela alta do preço dos combustíveis, incluindo o diesel, assim como o baixo preço do frete. Há críticas à política estadual e também de preços da Petrobras.
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é um dos que incidem sobre o preço dos combustíveis em todos os Estados e é de responsabilidade dos governos estaduais.
Em resposta à ao caminhoneiros, nesta segunda-feira (25), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), informou, em seu perfil no Twitter, que o Estado vai congelar o valor do ICMS do diesel.
"Considerando que o aumento do valor do combustível, decorrente dos reajustes constantes da Petrobras, tem consequências diretas no custo de vida dos mineiros, o Governo de Minas vai congelar o ICMS do diesel no Estado a partir desta segunda-feira", publicou Zema.
Mesmo com o aumento desta segunda-feira, vale dizer que ainda existe uma defasagem dos preços no Brasil em relação ao mercado externo.
Até a manhã desta segunda, essa defasagem chegava a 21% no caso da gasolina e de 19% no caso do diesel, segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura.
Significa que, além desses reajustes, o mercado ainda pode ter novas altas. Há ainda a perspectiva de que o petróleo continue se valorizando, já que os maiores produtores da commoditie têm dado sinalizações de que não vão aumentar a oferta no mercado global.
Mín. 18° Máx. 24°