A frente dos caminhoneiros no Congresso enviou um ofício comunicando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a greve planejada pela categoria. Em reunião no fim de semana, caminhoneiros de todo o país decidiram iniciar a paralisação no dia 1º de novembro, caso o governo federal não atenda as demandas do setor.
Assinado pelo deputado federal Nereu Crispim (PSL/RS) em nome da Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, o documento oficializa a decisão “diante do inconformismo sobre os sucessivos aumentos de preços dos combustíveis e derivados básicos de petróleo”.
Ainda segundo o ofício, a frente não tem atributos para endossar ou não a decisão da categoria, mas tem como objetivo coordenar esforços em políticas públicas de interesse comum dos caminhoneiros, além de se dispor como interlocutora entre os trabalhadores e o governo.
“Por diversos meios, é de conhecimento público que a Petrobras tem praticado medidas com critérios antieconômicas sobre o preço dos combustíveis, derivados de petróleo e gás natural elevando periodicamente os preços do diesel, da gasolina e do gás, sem qualquer critério econômico nacional”, argumentam os deputados no documento, divulgado pelo Poder 360.
A Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas é uma entidade com sede e foro no Congresso Nacional, composta por 272 deputados federais e 22 senadores, presidida por Nereu Crispim.
A intenção de greve foi determinada em reunião no Rio de Janeiro, nesse sábado (16), entre representantes de caminhoneiros de várias partes do Brasil. Dentre as reivindicações, está a diminuição do preço do diesel no país.
“Ficou decidido que vamos dar 15 dias para o governo responder. Se não houver resposta de forma concreta em cima dos direitos do caminhoneiro autônomo, dia 1º de novembro, Brasil todo parado aí”, disse Luciano Santos Carvalho, do Sindicam (Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira), em vídeo que circula nas redes sociais.
Além da queda do preço do diesel, os caminhoneiros também defendem a constitucionalidade da Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, conhecida como o Piso Mínimo de Frete, e o retorno da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao INSS.
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