A cobertura vacinal no Brasil tem caído muito nos últimos anos, atingindo níveis inferiores às metas preconizadas. Desde 2017, o país como um todo não consegue atingir as metas de cobertura vacinal para a maioria das vacinas oferecidas pelo SUS.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Dr. Flávio Pimenta, isso traz muitos riscos para a população, pois algumas doenças podem aumentar e outras, consideradas erradicadas, podem reaparecer, como é o caso do sarampo. "Essa deficiência se mostra ainda maior em cidades do interior, que costumam apresentar problemas estruturais mais significativos", comenta.
Em 2020, Minas Gerais não alcançou nenhuma das metas de cobertura vacinal para crianças nascidas em 2017 e 2018, com coberturas variando de 58% a 80% das vacinas do esquema básico, segundo levantamento da Secretaria de Estado da Saúde.
Assim, pesquisadores do Ministério da Saúde realizarão, durante todo o mês de outubro, entrevistas com residentes em 19 capitais, Brasília e outras cidades brasileiras, incluindo Sete Lagoas, com o objetivo de estimar a cobertura vacinal aos 12, 18 e 24 meses de crianças nascidas em 2017 e 2018. O Ministério da Saúde quer entender as razões dessas quedas e seus fatores associados, avaliando as desigualdades na população brasileira, para propor estratégias diferenciadas no Programa Nacional de Imunização (PNI).
Em Sete Lagoas serão 450 crianças avaliadas em suas residências por quatro entrevistadores e um coordenador de campo, devidamente treinados, que estarão identificados por camiseta e crachá, além de estarem usando equipamentos de proteção individual. "Eles irão coletar os dados de cada domicílio sorteado usando um tablet, seguindo um questionário estruturado, com variáveis de identificação da criança e do responsável, além de variáveis socioeconômicas, de acesso à saúde, e sobre a vacinação", explica o coordenador de Gestão da Saúde do Município, Alber Alípio.
A equipe de pesquisa e campo conta com a coordenação, em Minas Gerais, da pesquisadora em Saúde Pública do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas) e coordenação nacional do professor Dr. José Cássio de Moraes, docente da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e consultor do PNI. Em Sete Lagoas, os entrevistadores são Renata Oliveira, Gabriel Alves, Carina Mansur e Aline Dias, sob a coordenação de Vilma Santos Cruz. Para mais informações, a população pode ligar para o Disque Saúde pelo número 136 e no telefone da empresa responsável pelas entrevistas: 0800 025 0174.
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