Os constantes aumentos nos preços dos combustíveis podem provocar uma greve por tempo indeterminado do Sindtanque-MG (Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais). Uma nota divulgada pelo presidente da entidade, Irani Gomes, promete um “grande movimento” caso o Governo de Minas não reduza o valor do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço) sobre o diesel. Romeu Zema (Novo) publicou um posicionamento na manhã desta sexta-feira (27) e afirmou que a culpa da alta não é do tributo estadual.
O documento assinado por Irani destaca que o alto preço dos combustíveis é resultado dos impostos cobrados pelos governos estaduais. “Em Minas, há dez anos, a alíquota do ICMS do diesel é de 15%, um dos mais altos do país. Ao longo desses anos, o Sindtanque vem reivindicando a redução desse percentual para 12%”.
Segundo Irani, os últimos governadores de Minas fizeram promessas de redução, mas “nunca foram cumpridas”. “No governo Zema, a indiferença diante das demandas dos tanqueiros tem sido ainda maior”, reclamou. Ele alega que o governador “virou as costas para os transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo de Minas”.
Irani relembrou que, em fevereiro de 2021, um movimento grevista foi suspenso diante da promessa das reivindicações serem atendidas. “O Governo de Minas não acenou com nenhum benefício, nenhuma melhoria para a categoria”.
“O compromisso de retornar a alíquota do ICMS do diesel para 12%, ficou só na promessa. Estamos em ‘estado de greve’ e mobilizados para, se necessário, cruzarmos os braços novamente, em um grande movimento, por tempo indeterminado, como jamais visto em nosso estado”, concluiu Irani.
O governador Romeu Zema usou as redes sociais para esclarecer algumas questões relacionadas ao preço dos combustíveis e, segundo ele, para deixar as “coisas claras”. “A culpa do aumento dos combustíveis não é do ICMS nem do governo do Estado”, disse.
Zema afirmou que o imposto do etanol em Minas é o segundo menor do Brasil e do diesel o terceiro.
Zema defendeu a diminuição dos impostos e mandou um recado para a capital federal. “Ninguém mais do que eu quer que os impostos de Minas sejam menores. Ao invés de perder tempo com discussões como o aumento do Fundão Eleitoral, Brasília deveria debater a reforma tributária e um novo pacto federativo que permitisse facilitar a redução de impostos”, finalizou.
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