O governador Fernando Pimentel (PT) se reúne na tarde desta sexta-feira (19) com representantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros para discutir sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257, que trata da renegociação da dívidas dos Estados. As categorias ameaçam uma greve branca a partir desta sexta, com os agentes ficando dentro dos quartéis, contra a aprovação da proposta do governo federal.
Em áudios que circulam nas redes sociais, é possível ouvir o deputado afirmando durante a assembleia realizada nesta manhã no Clube dos Oficiais, no Prado, região Oeste de Belo Horizonte, que os coronéis estariam cientes e concordam com o movimento. "A gente está acordado, hoje é do recruta ao coronel. Os coronéis estão cientes do que estamos falando. Não vamos aceitar que governador nenhum venha atacar a PM", diz Rodrigues.
A ordem é para os militares de folga, férias e aposentados participarem de uma nova manifestação marcada para 10h desta terça-feira (20), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Enquanto isso, os policiais em serviço devem responder às chamadas nos quartéis, sem saírem para a rua.
As mensagens já circulam entre diversos grupos. "BH vai virar um caos de hoje para amanhã", diz um dos textos. "Avisem seus amigos e familiares para não saírem de casa. Greve branca a partir desta sexta-feira (19-12-2016)", diz outra imagem que circula nas redes.
Assembleia
Mais cedo centenas de oficiais do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar fizeram uma assembleia para discutir o projeto e, em seguida, saíram em manifestação até a ALMG, no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Segundo informações da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra-MG), a reunião visava discutir sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257, que trata da renegociação da dívidas dos Estados.
Ainda de acordo com a associação, o governo federal criou uma força tarefa para votar o projeto, que imporia perdas para os servidores públicos e militares, como corte de benefícios, congelamento de salário, além de mudanças na previdência e no regime jurídico das corporações.
Assista ao vídeo da manifestação dos militares em Belo Horizonte:
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