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Minas tem queda em mortes, mas casos ainda crescem

Quantidade de óbitos no Estado caiu 14% em junho. Foi o segundo mês consecutivo de redução. Por outro lado, média de pacientes contaminados teve aumento de 12%.

30/06/2021 às 09h31
Por: Redação Fonte: Mega Cidade com O Tempo
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A vacinação contra a Covid pode já estar oferecendo resultados positivos, embora ainda tímidos, na contenção da pandemia em Minas. Enquanto o número de casos confirmados cresceu entre maio e junho, houve um decréscimo nas internações e nas mortes pela doença no Estado.

Depois do pico atingido em abril deste ano, com um ritmo de 312 vítimas por dia, a quantidade de mortes causadas pela Covid-19 no Estado caiu pelo segundo mês consecutivo. A média de óbitos confirmados diariamente no Estado reduziu de 219 em maio para 188 em junho – uma queda de 14%.

Na contramão dessa melhora, porém, a incidência de novos casos voltou a subir, colocando junho num patamar muito próximo do observado nos momentos de maior descontrole do contágio em Minas, entre março e abril. A média diária de pacientes contaminados subiu 12%, de 6.867 em maio para 7.692 neste mês. 

Para efeito de comparação, o auge da curva de novos casos foi registrado em março, com 7.910 por dia. Naquele momento, o governo estadual se viu diante da necessidade de impor medidas ainda mais restritivas à mobilidade, e a criação da Onda Roxa do Minas Consciente levou o comércio não essencial a ser fechado em boa parte dos municípios. 

A queda no número de mortes pode indicar sucesso da vacinação. Os primeiros mineiros imunizados com a Coronavac (Butantan) começaram a alcançar a imunização completa por volta de 4 de março, e aqueles que receberam a Covishield (AstraZeneca/Oxford/Fiocruz), por volta do dia 24 de abril.

Apesar de ainda não ter alcançado 13% da população mineira com as duas doses, a campanha já imunizou mais de 80% das pessoas pertencentes a alguns dos grupos de maior risco, como trabalhadores da saúde, idosos asilados ou acima dos 70 anos e povos indígenas, conforme o Vacinômetro da SES-MG.

Em contrapartida, o aumento dos casos pode mostrar maior relaxamento do isolamento social e aumento da circulação de novas variantes entre os mais jovens. Presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estevão Urbano diz que é cedo para se ter conclusões.

“Acreditamos que isso pode ser, sim, reflexo da vacina. Estamos tendo casos um pouco menos graves. Mas essa é só uma impressão. Continuamos com uma preocupação muito grande de uma nova piora nas internações, embora tenha tido queda na ocupação de leitos”, afirma. A ocupação de leitos de UTI Covid em Minas está em 74,81%. 

Segundo a SES-MG, houve redução de 13% nas solicitações para internação nas últimas quatro semanas. Outra mostra de que a vacina está surtindo efeito nas faixas etárias mais velhas é que a média de idade das vítimas caiu de 71 anos, em fevereiro, para 68, hoje, considerando os óbitos acumulados.

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Imunização e fechamento

Os indicadores tendem a melhorar gradualmente nas próximas semanas por causa da vacinação, segundo a epidemiologista e professora da Escola de Enfermagem da UFMG Deborah Malta. Segundo ela, a queda nos índices de mortes em idosos é um reflexo importante de que a imunização contra a Covid está tendo resultados relevantes.

“Poderíamos sentir melhor o reflexo da imunização se pudéssemos combinar isso com um período de fechamento, como foi feito na Inglaterra e em Israel, mas isso é difícil de realizar em um país tão polarizado”, explica. 

Sem um fechamento das atividades econômicas, o vírus continua circulando com intensidade e encontra poucas barreiras, já que é pequena a parcela da população imunizada com duas doses – 13% de todos moradores de Minas e 17% dos belo-horizontinos. 

“A nossa expectativa era que a vacina também pudesse refletir na redução dos casos, mas isso não aconteceu porque não fechamos. Quando as pessoas estão circulando, há um maior risco de se contaminarem com cepas mais agressivas e que podem levar a casos mais graves. Isso tem sido chamado de ‘risco Brasil’ em outros países, porque não aderimos a muitas medidas de contenção da pandemia”, diz.

José Geraldo Ribeiro, epidemiologista do laboratório Hermes Pardini, lembra ainda que existe uma possibilidade de registrarmos um agravamento da doença durante o inverno. “Não tivemos tempo suficiente para conhecer a sazonalidade da Covid, se existe uma época em que ela incide mais. No entanto, como se trata de uma doença respiratória, existe uma preocupação de que ela possa ter maior incidência no inverno, especialmente entre os menores de 60 anos”, afirma.

Cuidados mantidos

Apesar dos sinais de melhora no agravamento da pandemia de Covid, Ribeiro recomenda que os vacinados não deixem de usar máscaras de proteção facial, especialmente quando estiverem próximos de parentes e amigos que não moram na mesma casa. “E mesmo de máscara, mantenha sempre distância de um metro e meio das outras pessoas”, completa.

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