Professores de 107 escolas estaduais situadas em 37 cidades mineiras retomam as atividades semipresenciais a partir desta segunda (14). Os estudantes da rede estadual só retornam na próxima semana, mas os docentes iniciam os trabalhos de planejamento e preparo das aulas com antecedência.
A autorização para reabertura das escolas foi dada pela Secretaria de Estado de Educação (SEE) na semana passada, após decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) aguardada há meses pelo governo estadual. Somente municípios que estejam nas ondas verde ou amarela, do Programa Minas Consciente, podem reabrir as instituições de ensino. Ainda assim, a autorização de cada prefeitura é obrigatória. Atualmente apenas as macrorregiões Triângulo do Norte e Vale do Aço encontram-se nesse contexto, sendo assim a imensa maioria das escolas estaduais seguem de portas fechadas.
O governo não estabeleceu nenhum número fixo de alunos por sala. A Secretaria de Educação informou que o retorno às atividades é opcional. Os pais que preferirem podem manter seus filhos no ensino remoto. Os primeiros a voltarem serão os alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental.
A SEE garante que as escolas passaram por vistorias sanitárias e tiveram adequações nas estruturas, como instalação e disponibilização de equipamentos de proteção. A pasta afirma que a comunidade escolar vai encontrar um ambiente seguro.
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) diverge da decisão e já afirmou que irá tentar contestação em juízo. A entidade teme que o retorno das atividades promova a disseminação da Covid na comunidade escolar. O sindicato também questiona as estruturas das escolas. Um estudo elaborado pela entidade mostrou que das 3.590 escolas do Estado, em 1.027 não há banheiro para os funcionários. Além disso, 900 não têm refeitórios.
Na capital, professores contestam sistema de bolhas
Em Belo Horizonte, os professores se movimentam para pressionar que a prefeitura promova alterações no calendário de retomada já divulgado. Reuniões irão ocorrer nesta segunda (13) com representantes das secretarias de saúde e educação do município com esse objetivo.
O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG) discorda do sistema de bolhas definido pelo Executivo. Conforme esse cronograma, as escolas serão reabertas em formato semipresencial a partir do dia 21, primeiramente para crianças de 6 a 8 anos separadas em pequenos grupos de 6 alunos. Cada grupo terá aula presencial duas vezes por semana, com duração de três horas. Para o Sinep, o formato é ineficaz e impossível de ser atendido pelas escolas particulares. “É uma logística sem a mínima condição de ser organizada”, reclamou Zuleica Reis, presidente da entidade.
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