Em meio ao processo de reabertura das atividades de Belo Horizonte, o infectologista Unaí Tupinambás, que é membro do comitê da prefeitura que avalia a situação da covid-19 na capital, destaca que a situação na cidade não está tranquila. Ele diz ainda que as novas variantes tornam toda população vulnerável, inclusive com mortes de jovens sem comorbidades.
“Nossa taxa de incidência, que são os casos novos todos os dias, é muito alta, girando em torno de 470 casos por 100 mil habitantes em BH, indicando que o vírus está circulando com intensidade bem moderada. Então, mais do que nunca é evitar aglomeração, usar até duas máscaras caseiras bem posicionadas acima do nariz e lavar as mãos”, recomendou.
Belo Horizonte rompeu a barreira dos 4 mil mortos nessa quinta-feira (22). São ao todo 4.036 óbitos causados pela covid-19, além de 168.204 casos confirmados.
A taxa de ocupação em leitos de terapia intensiva caiu ligeiramente, marcando 82%, no nível vermelho. Já a taxa de ocupação em leitos de enfermaria subiu um pouco e marca 59,9%, no nível amarelo. O RT que mede a velocidade de transmissão da doença está em 0,92, no nível verde. O ideal é que este indicador fique sempre abaixo de 1.
Unaí Tupinambás reforça que as novas variantes transmitem mais o vírus. “Como dissemos em outras vezes, essa variante fez a pandemia rejuvelhecer, acometendo pessoas mais jovens. Então, não tem mais pessoas variadas. Todos nós somos mais vulneráveis, inclusive idosos com comorbidades e os jovens, com aumento de internação nessa faixa etária, com evolução desfavorável até o óbito”.
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