Em crise, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) terá, neste ano, um corte de quase 20% no orçamento. São cerca de R$ 40 milhões a menos para custear gastos administrativos e de investimento em tecnologia e inovação.
Reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart, lembra que as universidades estão na linha de frente de iniciativas que combatem a pandemia de coronavírus, luta que fica mais difícil diante de um corte.
“Conversei com os deputados mineiros e a gente está pedindo apoio no sentido de recompor ao longo deste ano esse orçamento que foi cortado. Esse orçamento é para manutenção da universidade como um todo, pagamento de água, luz, segurança, toda a parte de infraestrutura laboratorial, então esse é um apoio que a gente precisa muito.”
Além da questão do orçamento, a UFMG busca captar R$ 30 milhões para prosseguimento de pesquisas de desenvolvimento de vacina contra o novo coronavirus. Sete estão em andamento, um deles em fase mais avançada para testes em primatas.
O recurso é necessário para as fases 1 e 2 desenvolvimento da pesquisa neste ano. A fase 3, que é a última, está programada para o ano que vem.
“Nós estamos correndo contra o tempo, porque quanto mais cedo a gente conseguir entrar nos testes clínicos melhor. Esses estudos vacinais já foram desenvolvidos e apoiados pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, também pela Fapemig [Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais], alguns pelo CNPQ [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], então há algum recurso para nos aguardar até que nós possamos entrar na fase na fase 1 e 2.”
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