Com o elenco mais organizado, Cuca é apresentado no Galo

Pouco mais de sete anos depois de deixar o clube rumo à China, o técnico Cuca retornou ao Atlético para comandar a equipe por duas temporadas. A fase é bem diferente daquela em 2011, quando assumiu o Galo pela primeira vez. Na época, a equipe lutava contra o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro. A missão foi cumprida e outros objetivos foram adicionados. O Galo de hoje brigou pelo título Brasileiro e investe pesado nas próximas temporadas.

No Brasileirão de 2011, o time comandado por Cuca terminou na 15ª colocação. Na edição seguinte, uma reviravolta. O Galo brigou pelo título até a reta final e foi vice-campeão brasileiro, garantindo vaga na Libertadores. O treinador vencedor do torneio continental foi um dos responsáveis por reerguer a equipe naqueles anos e assume que o Atlético está bem melhor agora do que em 2011. 

“Hoje, as condições são até melhores do que eram naqueles anos. Formar um ambiente favorável é o que eu busco e, em primeiro lugar, mostrar a cada jogador pelo que ele luta, com quem ele luta por situações no time. Mostrar a eles a importância que se tem de vestir a camisa do Galo e de buscar conquistas no Atlético, e a gente tem essa ambição”, afirmou o treinador. 

Cuca chega ao Galo para substituir o técnico Jorge Sampaoli, que deixou o clube em 25 de fevereiro após o fim do Brasileirão para assumir o Olympique de Marselha. Os dois treinadores têm em comum, além de terem comandado o Santos recentemente, o fato de serem profissionais que gostam de um jogo mais ofensivo. 

“Hoje eu entro aqui no lugar do Sampaoli e com muita expectativa. Lógico que ele deixa já uma espinha dorsal muito forte. Uma consistência de um trabalho muito forte que a gente vai aproveitar sem dúvida nenhuma. Cada um tem uma maneira de jogar. Eu gosto muito da maneira que ele atua. É um treinador que quando você joga contra tem muita dificuldade, porque ele varia muito de estilo. Eu também gosto assim. Vem de encontro com o que a gente tem aqui no Galo. Vai dar pra usar bastante a parte tática”, explicou Cuca.

Apesar das tentativas de negociação com Renato Gaúcho, técnico do Grêmio, o presidente do Atlético, Sérgio Coelho, afirmou que Cuca foi unânime entre a diretoria e o órgão colegiado. De acordo com Coelho, o nome do treinador foi o primeiro a ser lembrado após a saída de Sampaoli. 

“Quando eu e Rodrigo nos reunimos para escolher o treinador, o primeiro nome que veio foi o seu. Eu e o Rodrigo nos reunimos com o nosso órgão colegiado, formado por mim, doutor José Murilo Procópio, Ricardo Guimarães, Rafael Menin, Renato Salvador e Rubens Menin. Foi unânime o seu nome”, disse o presidente do Atlético. 

O Atlético anunciou a contratação de Cuca na primeira semana de março, mas o treinador só chegou ao clube quase duas semanas depois, porque estava em Curitiba dando assistência à mãe, que está internada por complicações da Covid-19. 

"Não foi uma decisão fácil, por este momento de saúde da minha mãe. Então, foi uma situação muito difícil para eu poder vir. Muitas coisas passam na cabeça da gente, mas eu refleti muito com minha família, e a gente entendeu que vou estar junto com eles na fé, no espírito, dando meu máximo aqui no trabalho", desabafou Cuca. 

Cuca chega com o Atlético na liderança invicta do Campeonato Mineiro. O Galo tem poupado os principais jogadores titulares nesta fase inicial do Estadual e mesmo com uma equipe alternativa, tem feito bons jogos. O treinador acompanhou os treinos de longe enquanto não era apresentado, mas a estreia em campo será nesta sexta-feira (19), às 17h30, contra o Coimbra, no Mineirão.

“O outro pessoal estava de férias, agora já voltou. Já fizeram uma semana de treinamento e vão estar em condição de jogar até na própria sexta-feira. A gente vai utilizar todos os jogadores conforme a necessidade", informou o treinador.